O martelo já foi batido: Matheus Cunha assinou pré-contrato com o Cruzeiro e, com o vínculo atual no Flamengo terminando em 31 de dezembro de 2025, o goleiro se apresenta na Toca no começo de janeiro de 2026. O Flamengo foi oficialmente notificado do acordo — e, apesar de conversas sobre liberação imediata durante a janela do meio do ano, decidiu manter o atleta até o fim do contrato.
O que está assinado (e o que significa “pré-contrato”)
O pré-contrato é o documento que garante a Matheus Cunha o direito de mudar de clube assim que o vínculo atual acabar, sem taxa de transferência, além de reservar ao Cruzeiro a prioridade sobre sua inscrição na temporada seguinte.
É permitido porque o jogador entrou nos últimos seis meses de contrato — a prática é prevista nos regulamentos de status de jogadores e é rotineira no mercado brasileiro. Na prática: o papel vira contrato definitivo em 1º de janeiro de 2026, quando o novo registro pode ser feito.
Quando ele pode jogar pelo Cruzeiro
Para atuar oficialmente, o Cruzeiro precisa registrar o goleiro no BID/CBF na primeira janela de 2026 (que, em 2025, correu de 3 de janeiro a 28 de fevereiro; a estrutura costuma se repetir ano a ano).
Ou seja, a estreia só acontece a partir do início da temporada 2026, depois de exames médicos e assinatura do contrato “definitivo” no sistema.
O que o Flamengo ainda pode (ou não) exigir
- Liberação antecipada? Só se quiser. Como o vínculo atual vai até dezembro/2025, o Flamengo pode negar a saída antes do prazo — e negou na janela do meio do ano. Se aceitasse liberar antes, poderia pedir compensação financeira e até condicionar prazos (rescisão amigável). Sem acordo, o atleta fica até 31/12 e chega gratuito ao Cruzeiro.
- Cláusulas pós-transferência? Em saída sem custo por fim de contrato, não há “participação em venda futura” automática nem restrições de uso (tipo “não joga contra”). Esses arranjos só surgem se houver negociação de liberação antecipada agora.
- Taxas regulatórias? Não há taxa de solidariedade ou indenização de formação entre clubes do mesmo país nessa circunstância; trata-se de mudança doméstica ao fim do vínculo. O trâmite é CBF/BID (nacional), sem TMS da FIFA.
E por que o Cruzeiro correu agora
O plano celeste é iniciar 2026 com a hierarquia de goleiros fechada: Cássio como dono da posição e Matheus Cunha chegando com pré-temporada completa para competir e dar lastro ao calendário longo. A negociação por pré-contrato vinha sendo construída desde meados de julho; o ge e o Lance! detalharam que a Raposa fechou o acordo e apenas avaliou — sem sucesso — tirá-lo já em 2025.