O que era uma posição irredutível virou um negócio de última hora. O Cruzeiro “jogou a toalha” em sua tentativa de uma venda definitiva e acertou o empréstimo do atacante Lautaro Díaz para o Santos. A decisão, que representa uma vitória do Peixe nos bastidores, foi motivada pela falta de espaço do jogador com o técnico Leonardo Jardim e pela necessidade de dar uma solução ao futuro do atleta.
O acordo, noticiado em consenso pela imprensa, encerra uma novela que se arrastava há semanas e dá ao novo técnico do Santos, Juan Pablo Vojvoda, um reforço de peso para o ataque.
A Reviravolta: Do “Só Vende” ao “Empresta”
No início de agosto, a diretoria do Cruzeiro chegou a recusar uma proposta de empréstimo do Ceará, deixando claro que só liberaria Lautaro Díaz por uma venda em definitivo para recuperar o investimento de US$ 3 milhões.
No entanto, com o fechamento da janela se aproximando e o jogador somando apenas 75 minutos em campo nos últimos três meses, a cúpula celeste reavaliou a estratégia e aceitou a fórmula do empréstimo para não manter um ativo caro e parado no elenco.
Os Termos do Acordo
O negócio foi costurado em um modelo que agrada ao Santos. Embora a duração do empréstimo varie nas reportagens (entre 12 e 18 meses), os termos principais são:
- Salários: O Santos assume 100% dos vencimentos.
- Taxa de Empréstimo: O Peixe paga uma compensação financeira de cerca de R$ 500 mil.
- Opção de Compra: O valor para uma compra em definitivo foi fixado em €3,5 milhões.
O Saldo para a Raposa
Para o Cruzeiro, o desfecho não é o “plano A”, que seria a venda imediata. No entanto, o empréstimo nos moldes acordados é uma solução pragmática e inteligente: o clube reduz a folha salarial, recebe uma compensação, abre uma vaga no elenco e, o mais importante, mantém a possibilidade de uma venda futura por um valor pré-definido, com o jogador ganhando a “vitrine” que não teria em Belo Horizonte. É a gestão de um ativo que, no momento, estava fora dos planos do campo.