Em um mercado de mídia cada vez mais competitivo, um jornalista mineiro construiu um verdadeiro império. A Central da Toca, ecossistema de conteúdo sobre o Cruzeiro criado por Samuel Venâncio, registrou um crescimento “absurdo” de quase 150% em audiência no último mês, consolidando-se como o principal protagonista na cobertura do clube com recordes de audiência e o lançamento de um aplicativo próprio.
O fenômeno “Samuca” mostra a força de um modelo de negócio que se tornou referência: a verticalização extrema de conteúdo, falando diretamente para a paixão de um nicho.
A Anatomia de um Fenômeno
O sucesso da Central da Toca se baseia em uma fórmula poderosa e consistente:
- Hiper-foco no Nicho: Todo o conteúdo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, é sobre um único assunto: o Cruzeiro Esporte Clube.
- O Rosto da Credibilidade: A figura de Samuel Venâncio, jornalista com mais de 1,2 milhão de seguidores, serve como âncora e selo de confiança para toda a informação.
- Criação de Rituais: Quadros diários na Samuca TV (seu canal no YouTube), como as “Primeiras do Dia” e “Quentes do Dia”, criam um hábito de consumo na audiência.
- Engrenagem Multimídia: Uma notícia exclusiva no site vira um vídeo aprofundado no YouTube, que se transforma em cortes e reels para o Instagram, gerando um ciclo que se retroalimenta e maximiza o alcance.
Os Números que Provam o Sucesso
O crescimento não é apenas uma percepção, ele é medido em números impressionantes:
- Pico de Audiência: Em julho, uma transmissão de jogo atingiu a marca de 99.707 espectadores simultâneos, um recorde para um canal independente focado em um único clube.
- Expansão: Em agosto, o projeto deu mais um passo para se tornar um hub de mídia com o lançamento de um aplicativo próprio para celular.
Análise: A Soberania do Nicho
O case da Central da Toca explica uma mudança estrutural no consumo de mídia. Enquanto portais generalistas disputam a atenção do público em mil frentes, a mídia verticalizada atende a uma “dor” específica — a fome do torcedor do Cruzeiro por informação — com uma frequência, proximidade e linguagem que ninguém mais consegue entregar.
O crescimento de quase 150% não é sorte, é produto de consistência e de um modelo de negócio inteligente. O desafio, agora, é escalar sem perder esse DNA. Se acertar a mão, a Central da Toca deixa de ser “apenas” um fenômeno do Cruzeiro e vira referência para o futuro do jornalismo esportivo no Brasil.