Com o Grêmio oficialmente fora da disputa, a novela Róger Guedes ganhou um novo e surpreendente protagonista: o Cruzeiro. A diretoria celeste reacendeu o interesse no atacante e aposta em um trunfo poderoso para viabilizar um negócio que parece impossível: o técnico Leonardo Jardim. No entanto, os obstáculos financeiros continuam gigantescos.
Após a desistência do Grêmio, que se assustou com a intransigência do Al-Rayyan, do Catar, o Cruzeiro viu uma nova janela de oportunidade. O clube mineiro estuda uma investida que pode chegar a R$ 100 milhões pela transferência do jogador.
A Muralha Financeira do Catar
A grande barreira para o sonho cruzeirense é a realidade financeira. A proposta salarial que a Raposa poderia oferecer, na casa de R$ 1,5 milhão por mês, é considerada excelente para os padrões brasileiros. Contudo, ela representa menos de um terço do que Róger Guedes recebe atualmente no Catar: um salário astronômico de cerca de R$ 5 milhões mensais.
Além disso, o Al-Rayyan já se mostrou um negociador duro, recusando propostas que poderiam chegar a R$ 98 milhões do Grêmio.
Leonardo Jardim: A Carta na Manga
O que mantém a esperança da torcida acesa é a figura do técnico Leonardo Jardim. Ele trabalhou com Róger Guedes no próprio Al-Rayyan e tem uma excelente relação com o atacante. A diretoria do Cruzeiro acredita que o poder de persuasão do treinador e a apresentação de um projeto esportivo sólido, com Jardim no comando, podem ser o diferencial para convencer Guedes a abrir mão de parte da fortuna que recebe no Oriente Médio.
Entre o Sonho e a Calculadora
Esse é o típico cenário de mercado onde a oportunidade e o risco andam juntos. Por um lado, o Cruzeiro tem a chance de dar um “chapéu” no rival Grêmio e contratar um atacante de impacto com a ajuda de seu treinador.
Por outro, os números ainda assustam. A diretoria de Pedro Lourenço precisará decidir se vale a pena fazer um esforço financeiro monumental por um nome consolidado ou se segue buscando alternativas mais viáveis. O desfecho da novela dependerá do tamanho do desejo de Guedes de voltar ao Brasil e do poder de convencimento de Leonardo Jardim.