O que parecia ser uma negociação bem encaminhada se transformou em um grande mal-estar entre dois gigantes do futebol brasileiro. O Cruzeiro viu a contratação do meia-atacante Matheus Gonçalves, joia do Flamengo, “melar” na última hora após a diretoria carioca recuar de um acordo verbal. A mudança de postura do Rubro-Negro foi vista na Toca da Raposa como uma “quebra de palavra” e gerou irritação.
A Raposa já tinha um entendimento verbal com o Flamengo para a compra de 50% dos direitos econômicos do atleta por 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões). O negócio estava tão avançado que incluía até cláusulas de valorização para uma futura venda conjunta à Europa.
Quando tudo parecia certo, a diretoria do Flamengo voltou atrás. O motivo? Uma decisão estratégica de não reforçar um concorrente direto na Série A com uma de suas maiores promessas. O clube carioca entende que, apesar do valor interessante, liberar Matheus Gonçalves para o Cruzeiro seria fortalecer um rival na briga pelas primeiras posições.
Perdeu um, mas tem outro em vista
Se por um lado o caso Matheus Gonçalves é tratado como encerrado, há outro nome do clube em evidência. Outro Matheus.
Os dois clubes chegaram a um acerto por Matheus Cunha, mas a transferência não será feita nesta janela, ficando para o final do ano.
A negociação entre os clubes e o jogador já estava bem encaminhada, com o Cruzeiro acertado para adquirir 50% dos direitos econômicos de Cunha por cerca de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 19 milhões).
O Novo Cenário do Mercado Nacional
O episódio ilustra uma nova dinâmica no mercado brasileiro. Clubes mais estruturados, como o Flamengo, estão cada vez mais relutantes em negociar suas principais promessas com rivais diretos, preferindo o retorno financeiro massivo da Europa.
A frustração do Cruzeiro, embora legítima do ponto de vista da negociação, esbarra nessa nova realidade. O recado do Flamengo é claro: suas joias não servirão para fortalecer concorrentes no quintal de casa.