HomeEsportesCorinthiansCorinthians: Pênalti perdido reabre debate e Timão define preço de Yuri Alberto

Corinthians: Pênalti perdido reabre debate e Timão define preço de Yuri Alberto

O pênalti desperdiçado por Yuri Alberto contra o Cruzeiro — lance que abriu a disputa e pesou na eliminação do time mineiro, ironicamente — serviu de combustível para reacender uma velha discussão no Corinthians: “vende ou segura?”.

A falha na marca da cal aumentou a pressão das arquibancadas e gerou ruído nas redes sociais, criando o ambiente perfeito para especulações de saída. No entanto, no frio mercado da bola, uma cobrança errada pesa muito menos do que a narrativa sugere. O que define o futuro do camisa 9 para 2026 são três pilares: contrato longo, demanda europeia e uma proposta astronômica que já bateu na porta.

Recentemente, o Corinthians recusou uma oferta oficial da Roma (Itália) na casa dos € 30 milhões (aproximadamente R$ 190 milhões). A diretoria alvinegra tratou o artilheiro como “inegociável” naquele momento, citando o impacto esportivo e um problema grave de bastidor: o “transfer ban” da FIFA. Sem poder contratar reposição imediata devido à sanção, vender o titular seria um suicídio planejado, independentemente do valor.

O Detalhe dos 50% no Corinthians: Por que a conta é difícil

O torcedor que pede a venda muitas vezes ignora a matemática do negócio. O Corinthians detém apenas 50% dos direitos econômicos de Yuri Alberto.

  • A Proposta: € 30 milhões (R$ 190 milhões).
  • A Parte do Corinthians: Ficaria com € 15 milhões (aprox. R$ 95 milhões).
  • O Problema: Para o clube, vender seu principal goleador por R$ 95 milhões líquidos pode não ser suficiente para buscar uma reposição à altura no mercado inflacionado, transformando uma “venda histórica” em um problema técnico.

2026: O Relógio do Mercado

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

O pênalti perdido não derruba o preço do jogador, mas “acelera o relógio”. O desgaste com a torcida pode tornar a permanência insustentável se os resultados não vierem. A janela de 2026 surge como o momento de correção de rota. Clubes como Atlético de Madrid e Everton monitoram a situação e sabem que o Corinthians precisa de dinheiro.

No entanto, o Timão tem um trunfo: as premiações da temporada (como os R$ 33 milhões garantidos em finais) aliviam a necessidade de “vender o almoço para pagar a janta”. Isso permite que o clube continue exigindo valores fora da curva para liberar o atacante.

Análise Moon BH: Ruído vs. Dinheiro

O pênalti perdido facilita a narrativa de quem quer vender, mas dificulta a vida de quem precisa gerir. Para o Corinthians, Yuri Alberto é um ativo protegido por contrato até 2030. O “não” para a Roma provou que a diretoria não vai se desfazer dele por qualquer valor, especialmente enquanto estiver impedida de contratar.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.