O Corinthians recusou uma verdadeira fortuna por seu principal jogador no início de 2025, e os bastidores dessa negociação vieram à tona. O Zenit, da Rússia, formalizou uma proposta de € 25 milhões (cerca de R$ 148 milhões na época) pelo meia Rodrigo Garro.
O Timão não apenas recusou imediatamente, como, segundo o portal Terra, fez uma contraproposta audaciosa que “congelou” os russos: exigiu € 30 milhões, mais € 5 milhões em bônus, E a inclusão de uma composição envolvendo o passe de Yuri Alberto.
A “porta fechada” pelo clube e pelo próprio jogador, que também disse “não” ao projeto russo, volta a ser assunto agora, pois o mercado europeu e árabe se prepara para uma nova investida na janela de janeiro de 2026.
Por que Garro Também Disse “Não”?
Na época, o “não” de Garro ao Zenit, revelado por ele mesmo à ESPN em abril, foi baseado em uma decisão familiar e esportiva. O meia optou pela estabilidade e pelo projeto de longo prazo no Corinthians, onde rapidamente se tornou um ídolo da Fiel.
Embora a temporada 2025 do argentino (26 jogos, 2 gols, 5 assistências) tenha sido afetada por problemas físicos no primeiro semestre, seu valor de mercado (€ 13 milhões no Transfermarkt) e seu protagonismo no time de Dorival Júnior mantêm o assédio internacional aquecido. Clubes da Arábia Saudita e o Sevilla (Espanha) voltaram a monitorar o jogador.
A “Muralha” do Corinthians: Contrato Longo e Preço Definido
A diretoria do Corinthians negocia de uma posição de força absoluta. O clube agiu rápido e renovou o contrato de Garro em agosto de 2024, “blindando” o camisa 10 no Parque São Jorge até 31 de dezembro de 2028.

A recusa à oferta de € 25 milhões e a contraproposta na casa dos € 30 milhões definiram a nova “régua” de preço do jogador. A diretoria deixou claro para o mercado que o valor de € 25 milhões (R$ 148 milhões) é, agora, uma referência “insuficiente”. Para tirar o principal articulador do Timão, a proposta precisa ser “premium” e se aproximar da contraoferta feita pelo clube.
Análise: O Cenário para Janeiro de 2026
O Zenit é conhecido por sua insistência e poder financeiro. Se os russos voltarem em janeiro, já sabem que a conversa começa em € 30 milhões, não mais em € 25 milhões. Para o Corinthians, a situação é de tranquilidade estratégica. O clube não tem a menor necessidade de vender seu principal jogador, que tem um salário (estimado em R$ 800 mil/mês) considerado justo pelo seu impacto técnico.
Financeiramente, o clube está pressionado por dívidas, mas politicamente, vender o pilar do time de Dorival Júnior por um valor que não seja “irrecusável” teria um custo altíssimo com a torcida. A venda só acontecerá se a proposta permitir ao Corinthians reinvestir o valor em uma reposição à altura, sem rebaixar a ambição esportiva para 2026. A “novela Garro” promete esquentar novamente, mas, desta vez, quem dita o roteiro e o preço é o Timão.