Uma nova engenharia de mercado pode estar nos planos do Corinthians para 2026. Segundo o jornalista Jorge Nicola, a diretoria alvinegra “sonha” em negociar a saída do atacante Memphis Depay ao final da temporada para, assim, viabilizar financeiramente a contratação de Gabigol, hoje no Cruzeiro.
A informação aponta para uma estratégia clara: trocar um pacote de alto custo (Depay) por um jogador visto como de melhor custo-benefício e mais adaptado ao futebol brasileiro. Por enquanto, é um plano de bastidor, sem propostas na mesa.
A Lógica do Plano no Corinthians
A tese de Nicola se baseia na situação financeira do Corinthians. O alto custo mensal de Memphis Depay, entre salários e bônus que chegam a R$ 11 milhões por ciclo, é um peso no orçamento. A saída do holandês no fim do ano destravaria a folha salarial e abriria o espaço necessário para montar a operação pela chegada de Gabigol.
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Essa lógica é sustentada por fatos conhecidos do mercado, como o interesse antigo do Timão em Gabigol e a complexa situação contratual de Depay.
Os Fatos que Colidem com o ‘Sonho’
Apesar de a estratégia fazer sentido na teoria, a execução depende de um cenário complexo e de múltiplas variáveis:
- A Saída de Depay: O Corinthians precisa que um clube europeu se interesse e pague a cláusula de € 10 milhões. O problema é que, por contrato, metade desse valor (€ 5 milhões) vai para o próprio jogador, restando pouco para o clube reinvestir.
- O ‘Muro’ do Cruzeiro: Gabigol tem contrato com a Raposa até o fim de 2028. O Cruzeiro tem total controle da situação e só o liberaria mediante uma proposta de compra vantajosa. O jogador querer sair não é o bastante para garantir o negócio.
- O Timing Perfeito: Para que o plano funcione, a venda de Depay e a contratação de Gabigol teriam que ser orquestradas na mesma janela de transferências (início de 2026), o que é logisticamente desafiador.
Veredito: Faz Sentido, Mas é Viável?
O plano revelado por Jorge Nicola é financeiramente defensável, mas extremamente difícil de ser colocado em prática. Ele depende de o mercado “ajudar” dos dois lados: encontrando um comprador para Depay e convencendo o Cruzeiro a negociar seu principal atacante por valores realistas para o futebol brasileiro. Sem esses dois fatores, a “Operação Gabigol” continuará sendo uma ousada tese de bastidores.