Uma verdadeira “faxina” está em curso no Parque São Jorge. Em uma das maiores e mais drásticas reestruturações de sua história recente, o Corinthians promoveu o desligamento de mais de 70 atletas de suas categorias de base. A medida, revelada pelo jornalista Jorge Nicola, inclui a extinção da categoria Sub-18 e visa gerar uma economia imediata de mais de R$ 1 milhão por mês.
A decisão, liderada pela nova diretoria, é um choque de gestão que busca corrigir o que era visto internamente como um sistema “inchado” e ineficiente.
A Anatomia do Corte Milionário
A conta da economia, detalhada por Nicola, é clara:
- R$ 870 mil/mês de redução com a dispensa dos jogadores da base.
- R$ 145 mil/mês de redução com o desligamento de outros funcionários do setor.
Além dos jovens, o clube ainda pretende negociar a saída de outros 12 atletas com contrato profissional que não estão nos planos.
O Diagnóstico: “Base Inchada e Cara”
A reestruturação foi motivada por um diagnóstico duro feito pelo novo diretor da base, Carlos Roberto Auricchio. Ele apontou que o departamento estava com superlotação de atletas, o que dificultava os treinos, e com um custo mensal de R$ 1,6 milhão, o dobro do patamar de 2019. A categoria Sub-18, recriada na gestão anterior, foi extinta por não cumprir seu objetivo.
Menos Quantidade, Mais Qualidade
A “faxina” na base do Corinthians reflete uma mudança de filosofia: menos “baciada” e mais meritocracia. A ideia é trabalhar com grupos menores e mais qualificados, dando mais atenção e minutos de jogo aos atletas de maior potencial, para encurtar a ponte até o time profissional.
A economia de mais de R$ 1 milhão por mês oxigena o caixa do clube, mas o principal objetivo é técnico. É uma aposta de que, para revelar os próximos grandes talentos do Terrão, é preciso enxugar para qualificar. O tempo dirá se a aposta foi correta.