O presidente do Talleres, da Argentina, Andrés Fassi, detonou o Corinthians publicamente nesta quinta-feira (21) por uma dívida na compra do meia Rodrigo Garro. Em tom duríssimo, o dirigente acusou o clube brasileiro de “calote”, questionou sua seriedade e fez uma cobrança radical: quem não paga suas contas deveria ser rebaixado.
A declaração incendiária joga mais gasolina na fogueira da crise financeira e institucional que vive o Parque São Jorge, com o caso já em julgamento na mais alta corte do esporte.
As Declarações Incendiárias de Fassi
A indignação do presidente argentino foi explícita. Não pagaram mais do que a primeira parcela. É uma vergonha terem o melhor 10 do Brasil jogando dois anos sem pagar”, disparou Fassi, que defende punições esportivas severas para devedores. “Esses clubes não deveriam estar na primeira divisão“, completou, em uma analogia com o sistema europeu.
A Origem da Dívida e a Batalha na Justiça
O imbróglio começou após o Corinthians adquirir Rodrigo Garro. O Talleres alega que o clube paulista descontou impostos da primeira parcela, deixando uma pendência de aproximadamente US$ 5 milhões..
O caso foi levado à FIFA, que condenou o Timão a pagar o valor restante com multa e juros. O Corinthians, no entanto, recorreu da decisão e a disputa agora está no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), a última instância.
Um Clube Acuado
A situação é ainda mais grave porque este não é um caso isolado. O Corinthians já enfrenta um embargo de contratações por uma pendência similar com o Santos Laguna, do México, pela compra de Félix Torres. Uma nova derrota no CAS pode resultar em sanções ainda mais duras, como um “transfer ban”, que proibiria o clube de registrar novos jogadores por várias janelas.
A Pressão que Vem de Fora
A fala de Andrés Fassi é uma jogada de pressão calculada. Ao expor a dívida e colocar em xeque a reputação do Corinthians, ele busca não apenas receber o dinheiro, mas também constranger o clube publicamente. A comparação com o rebaixamento, embora extrema, serve como um alerta sobre a necessidade de responsabilidade financeira no futebol. Agora, resta ao Corinthians aguardar a decisão do CAS, que poderá impactar diretamente todo o seu planejamento esportivo para os próximos anos.
