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Santos oferece ao Atlético-MG € 2 milhões por Rony e jogador aceita corte salarial

O Santos decidiu mudar a estratégia para garantir a contratação do atacante Rony, do Atlético-MG. Após ter uma primeira investida por empréstimo rejeitada pela diretoria mineira, o Peixe avançou nas conversas com um modelo de compra em definitivo. A solução debatida na Vila Belmiro envolve uma oferta na casa de € 2 milhões (cerca de R$ 12,2 milhões), com pagamento parcelado.

Para viabilizar o acordo, o clube conta com um aliado importante: o próprio jogador. Ciente da realidade financeira do Santos e buscando novos ares, Rony sinalizou positivamente para uma redução drástica em seus vencimentos mensais, removendo um dos maiores obstáculos da negociação.

O “Não” ao Empréstimo e a Lógica do Atlético-MG

A resistência do Atlético-MG em emprestar o atacante tem fundamento financeiro. O clube investiu pesado na contratação de Rony no início de 2025 (cerca de € 6 milhões à época) e entende que cedê-lo por empréstimo seria apenas “empurrar o problema”, sem garantia de retorno do capital investido.

O recado de Belo Horizonte foi claro: se for para o jogador sair, que seja em definitivo. O Galo busca recuperar parte do investimento ou, no mínimo, estancar a sangria de um custo mensal elevado sem contrapartida técnica garantida para 2026.

O Entrave Salarial de R$ 1,6 Milhão no Santos

Foto: Pedro Souza / Atlético

Financeiramente, Rony é um “peso pesado”. Segundo o Terra, os vencimentos do atacante no Atlético giram em torno de R$ 1,6 milhão por mês, valor totalmente fora da realidade orçamentária do Santos para a próxima temporada.

É aqui que entra a vontade do atleta. O jogador estaria disposto a reduzir seus ganhos para se adequar ao teto santista, priorizando o projeto esportivo e a possibilidade de ser protagonista na Vila. Sem essa concessão, a negociação seria natimorta.

A Oferta de € 2 Milhões: O Suficiente?

A proposta do Santos (€ 2 milhões parcelados) é pragmática para quem precisa ter cautela com o caixa, mas pode encontrar resistência.

  • A Desvalorização: O valor oferecido é cerca de um terço do que o Atlético pagou há um ano.
  • O Contrato: Rony tem vínculo até dezembro de 2027 e valor de mercado estimado em € 5 milhões pelo Transfermarkt.

Para o Galo aceitar, o Santos provavelmente terá que incluir gatilhos de performance (bônus por gols, jogos e títulos) que possam elevar o valor final da operação a médio prazo.

Análise Moon BH: Oportunidade com Risco Calculado

Se o Santos fechar Rony por € 2 milhões e com salário reduzido, será um raro caso de “contratação de impacto” com cara de oportunidade de mercado. O Peixe levaria um jogador experiente, vice-artilheiro do Galo em 2025 (13 gols em 63 jogos), pagando um preço de transferência acessível.

Do lado do Atlético-MG, a conta é fria. Depois de investir alto e passar por ruídos jurídicos (o jogador chegou a acionar o clube por atrasos), vender vira uma questão de gestão de risco. A novela tende a andar quando um dos lados ceder: ou o Galo aceita o prejuízo contábil imediato para aliviar a folha futura, ou o Santos melhora as garantias para convencer os mineiros de que não é apenas um “desconto”, mas uma solução para ambos.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.