O Santos ativou oficialmente o modo “2026” e definiu sua prioridade zero no mercado: resolver o comando de ataque. Nesse contexto de busca por um camisa 9, um nome que perdeu espaço no Atlético-MG voltou com força ao radar da Vila Belmiro: João Marcelo. O atacante de 20 anos, que tem contrato longo com o Galo, virou uma opção viável de mercado e sua saída de Belo Horizonte é considerada provável neste fim de temporada.
A especulação ganha lastro na realidade das duas equipes. De um lado, o Atlético-MG de Jorge Sampaoli tem um elenco inflado e admite negociar o atleta por empréstimo ou venda. Do outro, o Santos de Juan Pablo Vojvoda lida com um orçamento restrito e lacunas evidentes no setor ofensivo, tornando a aposta em jovens promessas um caminho lógico.
A Caça ao “Camisa 9” no Santos
O planejamento do Peixe para 2026 é claro: o ataque precisa de reforma. O clube mira quatro posições (um volante, um centroavante e dois pontas), mas o posto de centroavante é o mais crítico. A necessidade nasce das incertezas do elenco atual:
- Tiquinho Soares: Não entregou o rendimento esperado e tem futuro indefinido.
- Lautaro Díaz: Oscilou bastante e caiu de produção na reta final.
- Alfredo Morelos: Retorna de empréstimo, mas é uma incógnita e passará por reavaliação.
Com a situação financeira delicada, o Santos tende a investir menos em compras definitivas pesadas e buscar “oportunidades de mercado”. É aí que o modelo de negócio de João Marcelo (possível empréstimo com opção de compra) se encaixa como uma luva.
Quem é João Marcelo: Investimento e Potencial
João Marcelo não é um desconhecido. O Atlético-MG investiu cerca de R$ 2,7 milhões (por 90% dos direitos) para tirá-lo do Guarani em março de 2025, assinando um contrato válido até dezembro de 2029. Mas ele já recebeu propostas de até R$ 27 milhões.
O jogador chamou a atenção após um início de ano avassalador pelo clube de Campinas:
- Copinha: Marcou 5 gols em 5 jogos.
- Paulistão: Foi artilheiro do Guarani no estadual, com 4 gols e 2 assistências em 11 partidas.
O “Sinal Verde” de Sampaoli e o Atlético-MG
Apesar do potencial, a vida de João Marcelo no profissional do Galo foi difícil. Com a concorrência pesada no setor ofensivo montado pela SAF, ele somou apenas 11 jogos (cerca de 138 minutos) e uma assistência. Sem espaço com Sampaoli, acabou “descendo” para o sub-20 para manter o ritmo de jogo — onde chegou a marcar gols contra o Flamengo, mas também sofreu com uma lesão no ombro em novembro.
A diretoria atleticana entende que o jogador precisa de minutos para não desvalorizar, e a “faxina” no elenco para 2026 deve incluir sua liberação. O cenário de empréstimo com passe fixado agrada aos mineiros, que protegem o ativo caso ele estoure em outro clube.
