O Atlético-MG iniciou o planejamento de 2026 com um recorte estratégico bem definido no meio-campo: o setor possui três nomes que, seja por necessidade de caixa, falta de espaço ou potencial de valorização, tornaram-se ativos negociáveis. Fausto Vera, Alexsander e Patrick formam um trio que, somado, está avaliado em € 12 milhões.
Considerando a cotação desta quarta-feira (17), onde € 1 equivale a R$ 6,4, esse pacote de volantes representa um potencial de receita bruta de aproximadamente R$ 77,4 milhões. A diferença crucial entre eles é o timing: enquanto um já tem proposta na mesa, os outros dois são vistos como investimentos que podem maturar durante a temporada.
Fausto Vera: A “Batata Quente” e o River
O caso mais urgente é o de Fausto Vera. Fora dos planos imediatos da comissão técnica, o argentino virou alvo do River Plate. O gigante de Buenos Aires formalizou uma proposta de empréstimo, mas encontrou resistência em Belo Horizonte. A diretoria do Galo prefere uma negociação em definitivo.
O motivo é financeiro: o Atlético investiu pesado (cerca de US$ 4,5 milhões) para tirá-lo do Corinthians e não quer apenas repassar o problema. A SAF alvinegra busca recuperar parte do investimento ou, no mínimo, amarrar uma obrigação de compra que garanta o retorno do capital no futuro. Com contrato até o fim de 2027 e valor de mercado de € 4,5 milhões, Vera é hoje o ativo mais próximo da porta de saída.
Alexsander: O Investimento de Vitrine

Em uma prateleira diferente está Alexsander. Com apenas 22 anos e contrato até 2029, ele foi uma aposta alta da SAF (comprado por € 5,5 milhões) pensando no longo prazo. Seu valor de mercado atual é o maior do trio: € 6,0 milhões.
O Atlético não tem urgência em vendê-lo, mas sabe que possui em mãos um perfil raro: volante canhoto, intenso e com boa saída de bola. Se mantiver regularidade em 2026, Alexsander é o candidato natural a receber propostas da Europa, funcionando como a “joia da coroa” para uma venda de lucro real, e não apenas de recuperação de dinheiro.
Patrick: A Moeda de Troca
Por fim, o jovem Patrick (21 anos) aparece como uma peça versátil no tabuleiro do mercado. Avaliado em € 1,5 milhão, ele tem contrato longo (até 2028), mas ainda busca consolidação. Para o Atlético, ele funciona como um ativo estratégico: pode render uma venda menor para compor caixa ou ser utilizado como “moeda de troca” em negociações maiores, barateando a chegada de reforços de peso.