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Venda de Arana no Atlético-MG é fixada em R$ 82 milhões e Natanael, com lucro de 5x

O Atlético-MG entra no planejamento para 2026 com um trunfo estratégico que vai muito além das quatro linhas: a gestão de seus laterais. Historicamente uma posição carente no mercado, o setor virou uma “mina de ouro” na Cidade do Galo. A diretoria da SAF trabalha com dois casos de sucesso claros de valorização de ativo — Guilherme Arana e Natanael — e projeta movimentações financeiras pesadas.

A grande estrela, Arana, tem preço de saída fixado em patamares europeus: o clube só aceita abrir conversas por valores próximos a € 13 milhões (cerca de R$ 82 milhões na cotação atual).

Enquanto Arana representa a venda “premium”, Natanael é o exemplo de eficiência de mercado: comprado por um valor baixo, o lateral-direito já multiplicou seu preço e se tornou um ativo de alta liquidez. Além deles, o clube precisa resolver pendências de curto prazo com Caio Paulista (emprestado) e Renzo Saravia (fim de contrato), definindo o desenho do elenco para a próxima temporada.

O “Case” Guilherme Arana no Atlético-MG

Arana é o ativo mais valioso, mas também o mais complexo. Protegido por contrato longo, o Galo tem o conforto de recusar propostas medianas (como a do Spartak Moscou, de R$ 51 milhões) e exigir o teto.

Natanael: O Lucro da Eficiência

Foto: Divulgação

Se Arana é a grife, Natanael é o negócio de oportunidade que deu certo. Contratado junto ao Coritiba no início de 2025 por cerca de R$ 7 milhões, o lateral viveu uma valorização meteórica.

  • Contrato: Até dezembro de 2028.
  • Valor de Mercado: Já avaliado em € 6 milhões (R$ 38 milhões).
  • Valorização: O ativo vale hoje mais de cinco vezes o preço de compra.
  • Cenário: É a “venda inteligente” caso o clube precise fazer caixa sem desmontar a espinha dorsal titular.

O Futuro Imediato: Caio Paulista e Saravia

Nem só de vendas vive o planejamento. A diretoria tem decisões contratuais urgentes para tomar:

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O Atlético-MG está operando como uma SAF madura deve operar: segura o ativo certo (Arana) e só vende com ágio, ao mesmo tempo em que aposta na valorização de jovens (Natanael).

A diferença entre um 2026 de aperto e um ano tranquilo financeiramente pode estar na venda cirúrgica de um desses laterais. Se vender Arana pelo preço que pede (R$ 82 milhões), o Galo resolve o orçamento do ano. Se optar por segurá-lo, tem em Natanael uma moeda de troca valiosa. O importante é que o clube não está “refém” do mercado; pelo contrário, é o Atlético quem dita o preço de seus laterais.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.