O Atlético-MG concluiu nesta semana uma operação de mercado considerada “de manual” pela diretoria da SAF. O clube sacramentou a venda definitiva do zagueiro Bruno Fuchs ao Palmeiras. O defensor, que passou a temporada de 2025 emprestado ao time paulista, não retornará à Cidade do Galo.
Segundo apuração confirmada pelo Moon BH, as diretorias já trocam as minutas contratuais para oficializar o negócio. O valor final ficou estipulado em € 3,5 milhões (cerca de R$ 21,7 a 22 milhões). Embora a cláusula de compra original fosse de € 4,5 milhões, o Galo aceitou a redução para garantir a entrada imediata de caixa e resolver uma pendência do elenco para 2026.
A Matemática do Lucro: Como o Atlético Ganhou Dinheiro
A venda de Fuchs é celebrada internamente pelo viés financeiro. O Atlético-MG havia comprado o zagueiro junto ao CSKA Moscou, em 2024, por cerca de € 2,7 milhões (R$ 17,2 milhões na época). Ao revendê-lo agora por € 3,5 milhões, o clube não apenas recupera 100% do investimento inicial, como também garante um lucro aproximado de R$ 5 milhões na operação.
- Alívio na Folha: Além da taxa de transferência, o Atlético deixa de arcar com os salários de um atleta que, apesar de valorizado no mercado, não teria espaço no time titular na próxima temporada.
O “Dedo” de Sampaoli: Por que Vender ao Palmeiras?
A decisão de vender não foi apenas financeira, mas técnica. O treinador Jorge Sampaoli, que comanda a reformulação do elenco para 2026, tem um perfil muito claro para seus zagueiros: prefere jogadores de imposição física, velocidade na recuperação e agressividade nos duelos individuais.
Bruno Fuchs, embora tenha qualidade técnica e boa saída de bola (características elogiadas por Abel Ferreira no Palmeiras), é visto como um zagueiro mais “posicional” e técnico, perfil que não é a prioridade no sistema intenso que o argentino pretende implantar em Belo Horizonte. Ao negociá-lo, o Galo abre espaço no orçamento e no elenco para buscar um defensor que se encaixe exatamente nos requisitos de Sampaoli.
Relação de Mercado: Atlético-MG e Palmeiras fecham acordo
A negociação também fortalece a posição do Atlético no mercado nacional. Ao aceitar vender para um rival direto (Palmeiras), a SAF mostra pragmatismo: entende que é melhor capitalizar sobre um ativo que está valorizado fora do clube do que reintegrar um jogador que poderia desvalorizar no banco de reservas.
O dinheiro da venda de Fuchs deve ser reinvestido imediatamente. A diretoria monitora volantes e um zagueiro com perfil de liderança para atender aos pedidos da comissão técnica.
Análise: Gestão Eficiente
O Atlético-MG transformou um “problema” (jogador emprestado que voltaria) em solução. Vender Bruno Fuchs por R$ 22 milhões é a prova de que a gestão sabe a hora de realizar lucros. O torcedor pode questionar o reforço a um rival, mas a conta fecha: o Galo lucra, Sampaoli ganha espaço para montar seu time, e o caixa respira para as contratações de peso que virão.
