O técnico Jorge Sampaoli não perdeu tempo e entregou sua lista de desejos para a diretoria do Atlético-MG. No topo dela, um nome de peso mundial: Gerson, o “Coringa”, atualmente no Zenit (Rússia). O treinador argentino vê no meia a peça fundamental para impor seu estilo de jogo intenso e dominante em 2026.
No entanto, o sonho de Sampaoli esbarrou em um muro financeiro intransponível. Ao consultar a situação do atleta, o Galo se deparou com cifras que fogem completamente da realidade do futebol brasileiro, transformando a negociação em uma “missão impossível” até para a SAF mais arrojada.
O Salário que Assusta o Atlético-MG: R$ 3,1 Milhões Mensais
O principal entrave não é apenas a vontade do jogador, mas o contracheque. Na Rússia, Gerson recebe um salário digno de estrela da Premier League. Segundo apurações de mercado, os vencimentos mensais do brasileiro giram em torno de R$ 3 milhões a R$ 3,1 milhões (fixo).
- Bônus: Além disso, o contrato prevê pagamentos extras de R$ 150 mil por gol ou assistência.
- O Impacto: Para o Atlético, pagar esse salário a um único jogador significaria comprometer uma fatia gigante da folha, superando até mesmo os ganhos de Hulk.
A Pedida do Zenit: R$ 250 Milhões
Se o salário já é proibitivo, a taxa de transferência encerra a conversa. O Zenit pagou € 25 milhões ao Flamengo recentemente e não aceita prejuízo. Nos bastidores, o clube russo sinalizou que avalia o ativo em € 40 milhões (cerca de R$ 248,5 milhões). Mesmo que aceite negociar pelo valor de compra (€ 25 milhões / R$ 155 milhões), a cifra continua sendo inviável para o Galo sem uma engenharia financeira complexa ou parceiros externos.
Concorrência com o Galo e Planos do Jogador

O Atlético não está sozinho no susto. Palmeiras e Cruzeiro também monitoraram Gerson e recuaram diante dos valores. O Verdão chegou a cogitar trocas, mas o Zenit fez jogo duro. Além disso, o próprio Gerson, com contrato até 2030, prioriza mercados que paguem em moeda forte (como o mundo árabe) caso decida sair da Rússia, o que coloca o Brasil como uma terceira opção distante.
Análise: O Limite da Ambição
O pedido de Sampaoli mostra que o treinador quer elevar o patamar do elenco, mas a realidade do mercado impõe limites. Gerson hoje é um jogador “fora de catálogo” para a América do Sul.
Para o Atlético-MG, insistir nesse nome é gastar energia em uma utopia. A diretoria terá que ser criativa para encontrar um “novo Gerson” — alguém com as mesmas características de intensidade e técnica, mas que caiba no orçamento de 2026. O sonho do “Coringa” em BH, por enquanto, custa caro demais.