O Atlético-MG bateu o martelo sobre o futuro de Biel. O atacante, emprestado pelo Sporting (Portugal), não permanecerá na Cidade do Galo em 2026. A decisão da SAF foi pautada por uma questão financeira urgente: evitar que o jogador atingisse a meta de minutagem que obrigaria o clube a comprá-lo por € 7 milhões (cerca de R$ 43 milhões).
Após a atuação desastrosa na final da Sul-Americana (com chances perdidas e pênalti errado), a diretoria decidiu “frear” o uso do atleta para não ativar o gatilho contratual, devolvendo-o ao clube português ao fim do empréstimo.
A Cláusula “Bomba”: O Risco do Contrato
O acordo com o Sporting previa que, se Biel jogasse 33,3% dos minutos disponíveis, a compra seria automática. Com o jogador próximo dessa marca, mas entregando desempenho muito abaixo do esperado (apenas 1 gol na temporada), a SAF agiu rápido.
- A Estratégia: A ordem interna é limitar a utilização do atacante na reta final do Brasileirão.
- A Economia: Ao não exercer a compra, o Galo economiza R$ 43 milhões, valor que será reinvestido na reformulação do elenco pedida por Jorge Sampaoli.
O Vilão da Final de Biel: O Peso de Assunção

A decisão técnica foi facilitada pelo campo. Biel virou o símbolo do vice-campeonato da Sul-Americana ao desperdiçar oportunidades claras e errar sua cobrança na disputa de pênaltis contra o Lanús. A pressão da torcida tornou sua permanência insustentável.
Análise: Gestão de Danos no Atlético
O caso Biel é uma lição de mercado. O Atlético-MG apostou alto em um jogador com potencial, mas soube “estancar a sangria” antes que ela virasse um prejuízo definitivo no balanço. Devolver o jogador é a decisão correta para um clube que precisa de eficiência financeira e resultados imediatos em 2026.
No fim, a pergunta que fica é simples e incômoda para o torcedor atleticano: o Atlético está apenas sendo prudente ao evitar um gasto gigante por um jogador que não deu certo, ou corre o risco de ver Biel dar a volta por cima em outro lugar e se arrepender lá na frente?
A resposta vai depender de dois 2026:
- o do Galo, que precisa usar melhor o dinheiro que decidiu não gastar com Biel;
- e o do próprio atacante, que agora terá de reconstruir a carreira longe de Belo Horizonte – e provar, na prática, aquilo que disse após a final em Assunção: que é “muito melhor do que aquilo”.