O clima no Atlético-MG atingiu o ponto de ebulição. Após a derrota para o Fortaleza por 1 a 0, que deixou o Galo a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento, o ídolo Hulk soltou o verbo na zona mista. Em um desabafo contundente, o camisa 7 criticou abertamente o esquema tático de Jorge Sampaoli e cobrou uma mudança de postura imediata do time, que, segundo ele, está jogando “pequeno”.
A declaração expõe a fratura interna entre o principal jogador do elenco e o comando técnico, em um momento onde o clube, projetado para disputar títulos, luta para não cair.
“Fico muito sozinho”: A Crítica Tática de Hulk no Atlético
Hulk não poupou palavras ao analisar o desempenho da equipe. Ele reclamou de estar isolado no ataque, jogando de costas para o gol, uma função que não favorece suas características.
- A Fala: “O Sampaoli é um cara que eu respeito muito, mas eu fico muito sozinho ali na frente, de costas. É muito difícil jogar assim. Meus números baixaram bastante devido à função que não estou acostumado a fazer.”
- O Diagnóstico: O atacante foi além e criticou a passividade do time: “Estamos sendo mais reativos do que ativos. É muito difícil ter que jogar no erro do adversário sendo que a gente tem que jogar como time grande.”
Futuro em Aberto: “Não sou eu que mando”

Além das críticas táticas, Hulk deixou no ar uma dúvida preocupante sobre sua permanência em 2026. Apesar de ter contrato até o fim do ano que vem, o ídolo admitiu que sua continuidade não está garantida. “Se não tiver que estar aqui, talvez por decisão da diretoria ou por chegar proposta, não vou ser problema”, declarou.
A fala soa como um aviso à SAF: ou o projeto muda, ou o ciclo do maior artilheiro do século no clube pode chegar ao fim. Ele pode ter interesse do Grêmio.
Análise: O Ídolo Cobra a Identidade
O desabafo de Hulk é o grito de uma liderança que vê o clube perder sua identidade. O Atlético-MG investiu milhões para ser protagonista, mas hoje joga como coadjuvante e flerta com o rebaixamento. Ao cobrar postura de “time grande” e questionar o esquema, Hulk coloca a responsabilidade no colo de Sampaoli e da diretoria. O recado é claro: o Galo precisa decidir se quer ser um time reativo que briga por nota de corte ou se vai assumir o peso de sua camisa e de seu investimento. A resposta precisa vir nas próximas rodadas, ou a crise pode virar ruptura.