O Atlético-MG pode estar prestes a resolver um dos maiores dilemas de seu elenco para 2026. O meia Gustavo Scarpa, que perdeu espaço e virou reserva sob o comando de Jorge Sampaoli, entrou na mira do Fluminense. Nos bastidores da Cidade do Galo, a possível negociação é vista não como uma perda técnica, mas como uma oportunidade estratégica de mercado.
A diretoria, pressionada a reduzir a folha salarial e atender aos pedidos de reformulação do treinador argentino, vê na saída de Scarpa a chance de realizar uma operação financeira que, somando taxa de transferência e economia de salários, pode impactar o caixa em até R$ 65 milhões.
A Conta do “Alívio”: Por que o Atlético Quer Negociar?
Gustavo Scarpa é um ativo caro. Seu contrato vai até dezembro de 2027, e seu salário é estimado entre R$ 1,1 milhão e R$ 1,3 milhão por mês – um dos maiores do elenco. Para um jogador que não é titular absoluto no esquema intenso de Sampaoli, esse custo é proibitivo.
A matemática da diretoria para aceitar a negociação é a seguinte:
- Taxa de Venda: O Galo espera receber algo entre € 4 e 6 milhões (R$ 25 a R$ 38 milhões) do Fluminense.
- Economia de Salário: Ao liberar o jogador, o Atlético deixa de pagar cerca de R$ 30 milhões em salários e encargos previstos até o fim do contrato em 2027.
Somando o dinheiro que entra e o dinheiro que deixa de sair, a “Operação Scarpa” libera cerca de R$ 65 milhões no orçamento, recursos que Sampaoli poderá usar para trazer 2 ou 3 reforços com o perfil físico que ele exige.
O Aval de Sampaoli: “Não Encaixou”

A saída tem o dedo do treinador. Jorge Sampaoli quer um time de transição rápida e pressão constante. Embora técnico e decisivo na bola parada, Scarpa teve dificuldades para manter a intensidade sem a bola exigida pelo argentino, perdendo minutos na reta final da temporada. O “sinal verde” técnico foi dado: se a proposta financeira for boa, o jogador está liberado para seguir sua carreira.
Análise: A Reformulação Começa pela Folha
A possível venda de Scarpa é o primeiro grande movimento da “faxina” prometida para 2026. O Atlético-MG mostra que não terá apego a nomes ou currículos. A prioridade da SAF é a eficiência: cada real gasto precisa se traduzir em entrega tática.
Trocar um reserva de luxo de R$ 1,3 milhão por mês por caixa cheio e espaço na folha é um movimento de gestão inteligente. Se o Fluminense pagar o que o Galo pede, a diretoria alvinegra terá recursos para entregar a Sampaoli o time “pitbull” que ele tanto deseja.