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Atlético-MG toma decisão sobre futuro de Lyanco, que vale € 6 milhões

A ressaca do vice da Sul-Americana no Atlético-MG virou crise de relacionamento. O zagueiro Lyanco, que não jogou a final por lesão, foi flagrado discutindo asperamente com torcedores na arquibancada do Defensores del Chaco, em Assunção. A cena viralizou, gerou revolta e pedidos de saída, mas a diretoria alvinegra bateu o martelo: Lyanco fica.

Segundo apuração do jornalista Heverton Guimarães (Band) e do portal Antenados no Futebol, o Galo não tem a menor intenção de negociar o defensor de 28 anos, tratando o episódio como um problema disciplinar contornável e priorizando a proteção de um ativo valioso.

O Ativo de € 6 Milhões: Por que o Atlético Segura?

A decisão de manter Lyanco é baseada em dois pilares: o financeiro e o esportivo.

  • Investimento Alto: O Atlético-MG pagou cerca de R$ 18 milhões para tirá-lo do Southampton em 2024. Vender agora, em baixa e sob pressão, seria assumir um prejuízo.
  • Valor de Mercado: O zagueiro é avaliado em € 6 milhões (cerca de R$ 36 milhões) no Transfermarkt. Com contrato longo (até 2028 ou 2029), o clube entende que ele é um pilar para o futuro.
  • Desempenho: Em 2025, Lyanco somou 42 jogos e 4 gols, sendo titular absoluto quando esteve saudável.

O Lado Emocional: Apoio Psicológico e Silêncio

A crise, no entanto, deixou marcas. Após a confusão, Lyanco fez desabafos nas redes sociais e chegou a cogitar, em tom emotivo, que seu ciclo poderia estar no fim. O clube agiu rápido: ofereceu suporte psicológico e orientou o afastamento das redes sociais.

A estratégia é “esfriar” o ambiente, recuperar o jogador fisicamente (ele trata lesão no tendão) e apostar que, com a cabeça no lugar, ele voltará a ser útil em 2026.

Gestão Racional em Meio ao Caos

A postura do Atlético-MG é correta do ponto de vista de gestão. Romper contrato ou vender “na bacia das almas” um titular de 28 anos por causa de uma discussão de cabeça quente seria um erro amador. O clube protege seu patrimônio financeiro e esportivo.

No entanto, a relação com a Massa está trincada. Lyanco terá que reconquistar a confiança não com posts no Instagram, mas com atuações seguras e liderança silenciosa em 2026. O “fico” é uma aposta da diretoria de que o tempo (e as vitórias) curam tudo.

Opinião: por que faz sentido segurar Lyanco — e o que o Atlético precisa fazer

Do ponto de vista esportivo e de gestão, a decisão do Atlético-MG de não negociar Lyanco agora é defensável.

  • Você tem um zagueiro de 28 anos, titular, com valor de mercado de € 6 milhões, que já movimentou quase R$ 100 milhões em transferências na carreira;
  • o clube investiu cerca de R$ 18 milhões para tê-lo;
  • ele jogou mais de 40 partidas no ano e ainda contribuiu com gols;
  • e o vínculo contratual é longo, o que dá margem para recuperar valor técnico e financeiro depois da turbulência.

Vender um ativo desse tamanho na primeira grande crise pública, provavelmente por um valor abaixo do teto, soaria mais como reação emocional do que como estratégia de SAF.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.