A diretoria do Atlético mostrou força no mercado e recusou uma proposta milionária pelo lateral-esquerdo Guilherme Arana. Segundo apuração do ge, o Spartak Moscou, da Rússia, sinalizou com uma oferta na casa de € 8 milhões (aproximadamente R$ 51 milhões) pelo jogador na última janela de transferências, mas ouviu um “não” taxativo da cúpula alvinegra.
O movimento expõe a nova política da SAF: segurar os pilares do time e só negociar por valores muito acima do padrão de mercado.
Por que o Atlético Disse “Não”? A Matemática da Recusa
A decisão de recusar R$ 51 milhões por um lateral não foi um capricho, mas sim uma decisão estratégica baseada em três fatores principais que “mataram” a proposta russa:
O Valor Considerado Baixo: Embora € 8 milhões seja o valor de mercado atual de Arana no Transfermarkt, a diretoria do Galo considera essa cifra apenas como um “piso”. Com um contrato longo, válido até o final de 2027, o clube não tem nenhuma pressão para vender e entende que o jogador vale mais, especialmente por atuar em uma posição escassa. Apurações de bastidores indicam que o clube só começaria a conversar por valores acima de € 13 milhões.
O “Custo Escondido” (Repasses): O valor líquido que entraria no caixa do Atlético seria bem menor que os R$ 51 milhões. O clube ainda deve 10% de uma futura venda ao Sevilla (Espanha), além dos 5% do Mecanismo de Solidariedade da FIFA. Na prática, de uma oferta de € 8 milhões, sobrariam “limpos” para o Galo apenas cerca de € 6,8 milhões (R$ 43,3 milhões) – um valor considerado insuficiente para repor um titular desse nível.
O Fator Esportivo: Arana é uma peça-chave no esquema de Jorge Sampaoli, responsável por toda a construção ofensiva pelo lado esquerdo e fundamental nas bolas paradas. Vendê-lo no meio da temporada, sem um substituto à altura mapeado, seria um suicídio esportivo na briga por títulos.
O Salário: Um Fator que Pesa na Reposição de Arana

Outro ponto que justifica a permanência é o custo de reposição. Arana tem um salário estimado (não oficial) na casa de R$ 680 mil mensais. Para trazer um novo lateral-esquerdo do mesmo nível técnico e com experiência internacional, o Atlético provavelmente teria que pagar uma taxa de transferência alta e um salário superior ao do atual camisa 13, o que não faria sentido financeiro.
Análise: O Recado do Galo para a Janela de Janeiro
Ao recusar € 8 milhões, o Atlético envia um recado claro ao Spartak e a outros interessados para a janela de janeiro de 2026. Com contrato até 2027 e sendo pilar de Sampaoli, Arana não é um jogador em “liquidação”.
O clube se dá ao luxo de esperar. A estratégia é revalorizar o atleta em campo na reta final da Sul-Americana e no início da próxima temporada, para “esticar a corda” e buscar uma proposta na janela do verão europeu (meio de 2026) que seja irrecusável – algo na faixa dos € 10 a 13 milhões, com bônus e, de preferência, mantendo um percentual de revenda. Se o Spartak voltar em janeiro com a mesma oferta de R$ 51 milhões, a resposta tende a ser a mesma: “não”.