A rivalidade entre Atlético e Palmeiras transcende as quatro linhas e chega aos cofres de seus comandantes. Na “batalha dos bilionários” que lideram dois dos projetos mais ambiciosos do futebol brasileiro, quem é mais rico: Rubens Menin ou Leila Pereira? A revista Forbes, a maior referência mundial em fortunas, tem os números, e eles mostram uma vantagem para o lado mineiro.
No entanto, a análise vai além do placar financeiro. O que realmente define o poder de cada um é o modelo de gestão que eles representam em seus respectivos clubes.
O Placar: A Batalha dos Bilhões
De acordo com as estimativas mais recentes da Forbes, o placar da fortuna pessoal dos dois dirigentes é o seguinte:
- Rubens Menin (Controlador da SAF do Atlético): Patrimônio de US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 11,4 bilhões).
- Leila Pereira (Presidente do Palmeiras): Patrimônio de R$ 8,8 bilhões (em conjunto com o marido, José Roberto Lamacchia).
A diferença, portanto, é de aproximadamente R$ 2,6 bilhões a favor do empresário mineiro.
O Modelo do Galo: O Dono da SAF
É crucial entender que a fortuna de Rubens Menin não se mistura diretamente com o caixa do Atlético. Ele é o acionista majoritário da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube. Isso significa que ele e seu grupo de investidores têm o controle da gestão do futebol, definindo o orçamento e a estratégia.
Sua riqueza pessoal serve como um lastro, uma garantia de credibilidade e poder de fogo para o projeto, mas os investimentos são feitos pela empresa “Galo Holding”.
O Modelo do Palmeiras: A Presidente Patrocinadora
O caso de Leila Pereira no Palmeiras é diferente. O clube é uma associação civil sem fins lucrativos, e não uma SAF. O imenso poder de Leila vem de sua dupla função: ela é a presidente eleita pelos sócios e, ao mesmo tempo, a dona das empresas Crefisa e FAM, as patrocinadoras master do clube.
É o patrocínio de suas empresas que garante a estabilidade financeira para o Palmeiras fazer grandes investimentos. Ela não pode, por lei, simplesmente injetar seu dinheiro pessoal no clube. A relação é de uma parceria comercial extremamente forte.
O que o Dinheiro Realmente Significa
O debate sobre “quem é mais rico” é ótimo para a resenha da torcida, mas, na prática, o que define a força de cada projeto é a governança. O Atlético hoje opera como uma empresa, com um dono com poder de decisão centralizado. O Palmeiras, como um clube tradicional com uma aliança poderosa e sem precedentes com sua principal patrocinadora.
Ambos os modelos se provaram vitoriosos. No fim das contas, a vantagem competitiva nasce menos do tamanho absoluto da fortuna do dirigente e mais da capacidade de uma gestão profissional em transformar poder financeiro em títulos dentro de campo. E, nisso, os dois lados têm sido mestres.