Em uma noite de tensão, paciência e com a estrela de um ídolo brilhando no apagar das luzes, o Atlético está na semifinal da Copa Sul-Americana. Com um gol do meia Bernard aos 46 minutos do segundo tempo, o Galo venceu o Bolívar, da Bolívia, por 1 a 0, na Arena MRV, e carimbou seu passaporte para a próxima fase.
A vitória, conquistada com muita dificuldade, premiou a estratégia do técnico Jorge Sampaoli e a insistência da equipe, que buscou o gol até o último minuto.
A crônica de uma vitória suada
A partida na Arena MRV foi um verdadeiro jogo de xadrez. O Atlético teve mais posse de bola, mas encontrou um adversário muito bem postado defensivamente, que travou as principais jogadas do time da casa. Com poucas finalizações (apenas uma no alvo em todo o jogo), a torcida já se preparava para a decisão nos pênaltis. Foi então que, nos acréscimos, brilhou a estrela de Bernard.
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O camisa 20, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou um cruzamento na área e, com frieza, marcou o gol que levou o estádio à loucura e garantiu a classificação.
As notas dos jogadores do Atlético
- Éverson – 7,5: Seguro e frio, fez duas defesas importantes quando exigido.
- Vitor Hugo – 7,0: Importante na bola longa e venceu os duelos aéreos.
- Lyanco – 7,0: Firme e com tempo de bola preciso, foi um pilar na zaga.
- Iván Román – 6,5: Discreto e eficiente, cumpriu bem sua função.
- Guilherme Arana – 6,5: Cresceu no segundo tempo e ajudou a empurrar o time.
- Alan Franco – 7,0: O pulmão do time na marcação-pressão.
- Igor Gomes – 6,5: Oscilou, mas melhorou na reta final e encontrou bons passes.
- Gustavo Scarpa – 6,5: Perigoso na bola parada, mas faltou capricho na última jogada.
- Reinier – 6,0: Cumpriu bem o papel tático sem a bola.
- Hulk – 6,0: Brigou muito, mas teve poucas chances claras de finalizar.
- Bernard – 8,5 (Craque do jogo ★): Entrou para decidir. Mostrou mobilidade, inteligência e, acima de tudo, a cabeça fria para marcar o gol da classificação no momento mais tenso do jogo.
- Suplentes: Rony (6,0) e Gabriel Teixeira (6,0) entraram para dar energia e ajudar a segurar o resultado.
- Jorge Sampaoli – 7,5: Fez uma leitura correta de um jogo amarrado, reforçou o controle e foi premiado com a estrela de sua substituição decisiva.
Análise da classificação
Foi uma noite de gestão de risco. O Atlético controlou o jogo, mas criou pouco. A diferença esteve no detalhe: um banho tático de controle emocional e a aposta em uma peça talhada para decidir (Bernard) no momento exato.
Para a semifinal contra o Independiente del Valle, o desafio será manter essa solidez defensiva, mas transformar a posse de bola em chances mais claras de gol, para que a classificação não precise, mais uma vez, vir de forma tão heroica.