HomeEsportesAtléticoAtlético: Sampaoli liga alerta sobre Hulk e desenha plano de recuperação

Atlético: Sampaoli liga alerta sobre Hulk e desenha plano de recuperação

A chegada do técnico Jorge Sampaoli ao Atlético foi marcada por um diagnóstico rápido e um plano de ação claro para o principal jogador do time. A nova comissão técnica detectou uma queda de rendimento físico e técnico no atacante Hulk e já trabalha em uma estratégia para recuperar o impacto do ídolo na reta final da temporada. Em seu discurso de apresentação, o treinador prometeu “otimizar a posição” do camisa 7 para reativar sua performance decisiva.

O diagnóstico: a queda nos números de Hulk

A preocupação da comissão técnica de Sampaoli é embasada em números. No recorte dos últimos 20 jogos, Hulk marcou apenas 5 gols, sendo somente um com a bola rolando (os outros quatro foram de pênalti ou falta).

É uma queda nítida no padrão de desempenho que o consagrou no clube. Fontes internas relatam um incômodo com a baixa produção ofensiva geral da equipe e com o peso que o camisa 7 carrega quando não está em seu auge físico.

Veja só: Atlético recebe proposta de R$ 26,8 milhões da Arábia Saudita por Rony

O plano do treinador para recuperar o ídolo

Em sua apresentação, Jorge Sampaoli foi direto ao citar Hulk e traçou o plano para recuperá-lo. A estratégia se baseia em dois pilares:

  1. Ajuste de Função: A ideia é usar Hulk mais próximo da área, atuando no meio-espaço esquerdo ou entre as linhas, para que ele foque na finalização. O objetivo é evitar que ele precise buscar o jogo no meio-campo e conduzir a bola por longas distâncias, um movimento que causa grande desgaste físico.
  2. Rotação e Gestão de Carga: Com uma maratona de oito jogos em 24 dias, Sampaoli prometeu fazer uma grande rotação no elenco para manter o time “fresco”. Para Hulk, isso significará ter seus minutos em campo controlados jogo a jogo, para que ele chegue inteiro nos momentos decisivos.

Hulk já causa preocupação no novo treinador

Sampaoli acerta ao tirar o debate do campo emocional (“é o Hulk”) e levá-lo para a gestão de performance. Em uma reta final de temporada com jogos decisivos, “menos é mais”: a estratégia de recolocar o camisa 7 onde ele é mais letal (perto do gol), poupá-lo do desgaste excessivo e cercá-lo de jogadores com mais intensidade na rotação faz todo o sentido.

Se o Atlético voltar a ganhar metros no campo e intensidade sem a bola, a genialidade de Hulk tende a reaparecer naturalmente nas zonas do campo onde ele, há mais de uma década, se acostumou a decidir.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.