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Atlético: Matemática aponta chance de rebaixamento; entenda o cenário

A campanha irregular do Atlético no Campeonato Brasileiro de 2025 acendeu um sinal de alerta nos bastidores e nas arquibancadas, e agora os números confirmam o risco. De acordo com o tradicional estudo de probabilidades do Departamento de Matemática da UFMG, o Galo tem hoje 11,4% de chance de ser rebaixado para a Série B em 2026.

O patamar, embora ainda distante do desespero vivido por outros clubes, coloca o time em uma “zona cinzenta” de vulnerabilidade, onde uma sequência ruim de resultados pode complicar drasticamente o cenário.

O contexto: a matemática para a salvação

O estudo da UFMG, referência no país, leva em conta a força do elenco, o desempenho recente e a dificuldade dos jogos restantes de cada time. Atualmente, o Atlético soma 25 pontos em 21 jogos. A “linha de segurança” histórica para evitar o rebaixamento no Brasileirão é de 45 pontos.

Para atingir essa marca, o time precisaria somar mais 20 pontos nos 17 jogos que restam — uma campanha de aproximadamente 5 vitórias, 5 empates e 7 derrotas. Estatísticos apontam que, pelo desempenho fraco dos últimos colocados em 2025, a “linha de corte” pode ser mais baixa, na casa dos 42 pontos, o que exigiria uma campanha de recuperação um pouco mais branda.

O risco em comparação com os rivais

Os 11,4% de risco do Atlético representam um estado de alerta, mas não de emergência. A situação do clube é muito mais confortável que a de times como Sport (com mais de 95% de chance de queda) e Fortaleza (85%).

O Galo também aparece em uma situação melhor que a de um bloco que inclui Santos e Vasco, cujos riscos já superam os 30%. A fotografia do momento alvinegro é a de um “time de meio de tabela vulnerável”: fora do Z-4, mas sem gordura para queimar e sujeito a entrar na zona de perigo com uma sequência de 2 ou 3 resultados ruins.

Análise: o que o Galo precisa fazer?

Com 11,4% de probabilidade de queda, o Atlético vive um estado de alerta, não de desespero. O recado da matemática é pragmático: uma sequência mínima de consistência, com uma média de 1,2 ponto por jogo, praticamente zera o drama.

Isso se traduz em uma campanha de cerca de seis vitórias nos 17 jogos restantes. Falhar nessa meta, porém, empurra o clube de volta para o grupo que flerta perigosamente com o Z-4. Para o Galo, o campeonato não se ganha mais em setembro — mas o rebaixamento começa, de fato, a ser evitado. A margem para erro acabou.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.