Recentemente, atletas como Lyanco e Richarlison, que defendem o Atlético e a Seleção, abriram o coração para compartilharem dramas pessoais envolvendo depressão e como a psicologia vem ajudando a sair do ‘fundo do poço’. Os ‘heróis’ do futebol comumente escondem seus dramas pessoais e arcam com o alto custo disto.
Quando pensamos em atletas, é comum virem à mente palavras como força, foco e superação. No entanto, por trás das conquistas, há também pressão, cobrança extrema e, muitas vezes, silêncio sobre o sofrimento emocional. A depressão em atletas é uma realidade que precisa ser falada com seriedade, empatia e responsabilidade.
Ao contrário do que muitos imaginam, o fato de um atleta estar no auge da forma física não o protege de transtornos mentais. Pelo contrário: o ambiente esportivo pode ser altamente estressante. Lesões, derrotas, medo de fracassar, críticas públicas e até mesmo a aposentadoria precoce são gatilhos frequentes para quadros depressivos.
O perfeccionismo e a autocrítica, traços comuns nesse universo, também favorecem o adoecimento emocional. Muitos atletas são ensinados desde cedo a “não demonstrar fraqueza”, o que leva à negação do sofrimento e à demora para buscar ajuda. A tristeza vai se acumulando nos bastidores das vitórias, muitas vezes passando despercebida até que se transforme em algo mais grave.
É aí que a psicologia entra como aliada. O acompanhamento psicológico oferece um espaço seguro para o atleta reconhecer e expressar suas emoções sem julgamento. Técnicas da terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, ajudam a identificar pensamentos disfuncionais e padrões autodestrutivos, trabalhando a autoestima, o enfrentamento e o autoconhecimento.
Além disso, o trabalho psicológico auxilia na reconstrução da identidade do atleta para além do esporte. Quando o desempenho deixa de ser o único pilar de valor pessoal, o sofrimento diminui e o equilíbrio emocional se fortalece.
Falar sobre depressão no esporte não é enfraquecer a imagem do atleta — é humanizá-la. É dar voz à dor escondida sob a camisa de um time ou o brilho de uma medalha. E, mais importante: é abrir caminho para que saúde mental e rendimento caminhem juntos, com mais verdade, cuidado e respeito.
Se você é atleta ou conhece alguém que esteja passando por isso, saiba: pedir ajuda é um ato de coragem. O corpo precisa de treino, mas a mente também precisa de acolhimento. E a psicologia está aqui para isso.
Psicóloga Luiz Malta

Sou a psicóloga Luiza Malta, com enfoque na Terapia Cognitivo-Comportamental. Ajudo centenas de pessoas que se importam com saúde mental em Belo Horizonte e ao redor do mundo, presencialmente e virtualmente.
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