A polêmica camisa vermelha da Seleção Brasileira não verá a luz do dia. Em sua primeira grande decisão de impacto, o novo presidente da CBF, Samir Xaud, revelou que vetou o uniforme e ordenou à Nike a interrupção imediata da produção. A justificativa para o ato, segundo ele, foi um gesto de patriotismo para proteger as cores da bandeira nacional.
A decisão põe fim a uma controvérsia que se arrastava desde abril, quando o modelo vazou nas redes sociais e gerou uma onda de críticas pela quebra da tradição e, principalmente, pela associação da cor vermelha a divergências políticas no Brasil.
Os Bastidores de uma Decisão Firme
Em entrevista ao Seleção SporTV, Xaud contou que, logo após assumir o cargo, convocou uma reunião emergencial com a Nike. Mesmo com a produção da camisa já em fase avançada, ele exigiu o cancelamento do projeto, que havia sido aprovado pela gestão anterior de Ednaldo Rodrigues.
“A escolha por vetar o vermelho não é ideológica ou política, mas sim um ato de patriotismo, para preservar as cores da bandeira nacional — azul, verde, amarelo e branco”, afirmou o presidente, ressaltando que o design não tinha a “identidade histórica” da Seleção.
Com o veto, a tradicional camisa azul foi restabelecida como a segunda opção de uniforme para a Copa do Mundo de 2026, ao lado da icônica amarelinha.
O Resgate de um Símbolo Nacional
A ação de Samir Xaud é muito mais do que uma simples mudança estética; representa um resgate simbólico da identidade da Seleção Brasileira. Em um país politicamente polarizado, a camisa amarela foi apropriada por um dos lados do espectro político, e a introdução de uma camisa vermelha fatalmente seria vista como uma resposta do outro lado.
Ao intervir, o presidente da CBF busca despolitizar o maior símbolo do futebol nacional, reforçando a percepção de que o uniforme deve ser um elemento de união, e não de divisão. A polêmica serve de lembrete: no futebol, símbolos têm um peso imenso, e a camisa do Brasil continua sendo muito mais do que apenas uma camisa.