O ex-dono do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno, tinha plano0s de se tornar o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, mas sofreu com uma falta de apoio para conseguir se eleger e comandar a entidade.
“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, postou Ronaldo em suas redes sociais, ao anunciar que deixaria a disputa.
Um dos fatores determinantes para sua saída foi a revelação dos detalhes do contrato que ainda detém com a empresa de Pedrinho, novo dono do Cruzeiro e também do Supermercados BH.
Tecnicamente Ronaldo ainda é dono do clube e as cláusulas dizem que ele pode retomar o controle do Cruzeiro se as prestações não forem pagas em dia nos próximos oito anos.
Esse foi um dos principais argumentos para que muitos nomes deixassem de apoiar Ronaldo na presidência da CBF, mas também serviu de plano de fundo para quem já não queria fechar um acordo com ele e precisava de uma boa desculpa.
Ronaldo desabafa sobre CBF
“Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada”, disse o campeão do mundo.
Ronaldo ainda contou que das 27 afiliadas a CBF, 23 se recusaram a conversar com ele e nem sequer lhe receberam para tratar de sua candidatura, indicando que votariam na reeleição:
“No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo“.