Prisão de Jair Bolsonaro: o alerta que o Brasil não pode ignorar

© FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL
© FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL

prisão de Jair Bolsonaro não é um fato isolado. É um divisor de águas na história recente do Brasil. Não estamos falando apenas de um ex-presidente detido. Estamos diante de um movimento calculado, perigoso e simbólico que revela o avanço de um projeto de poder disposto a silenciar a oposição, intimidar conservadores e perseguir cristãos.

Escrevo não apenas como jornalista, mas como pastor, cidadão e homem de fé que não aceita ver o Brasil enveredar por caminhos sombrios semelhantes aos de regimes totalitários que perseguem seus opositores.

A tentativa de silenciar a oposição conservadora

Bolsonaro não está sendo preso por corrupção, desvio de dinheiro público ou enriquecimento ilícito. Ele está sendo preso por representar a principal liderança da oposição no Brasil.

Quando o sistema prende o líder, ele envia um recado claro aos liderados: podemos fazer ainda mais com vocês. Essa estratégia é antiga, usada por regimes autoritários no mundo inteiro para dissolver resistência política, implodir adversários e consolidar poder.

A acusação de tentativa de golpe, sem armas, sem tropas, sem movimento real e com Bolsonaro sequer presente no país, não se sustenta. É uma narrativa construída, conveniente e útil para justificar o injustificável.

A injustiça contra os presos políticos do 8 de janeiro

O que mais me fere como cristão e brasileiro é ver idosos, mães, pais de família e trabalhadores apodrecendo na prisão sem julgamento justo, sem individualização de conduta e sem provas sólidas.

Pessoas que jamais tiveram passagem pela polícia estão presas há mais de dois anos, condenadas a penas absurdas por atos que sequer praticaram. Um exemplo gritante é o de Débora do Batom, condenada a mais de dez anos por escrever, com batom, uma frase que a água removeu.

E como não citar o caso trágico de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu preso esperando um julgamento que nunca veio, sem remédios, com a saúde debilitada.

Isso não é justiça. Isso é perseguição política. Isso é abuso. Isso é violação dos direitos humanos.

Por que defendo a anistia ampla, geral e irrestrita

anistia é hoje a única ponte possível para restaurar a paz, encerrar um capítulo de perseguição e devolver ao Brasil o senso mínimo de justiça. A anistia, além de constitucional, tem um papel moral, ético e humanitário.

Ela é necessária porque:

• devolve dignidade aos injustiçados
• devolve voz à oposição
• impede o uso político do sistema judicial
• restaura a confiança de milhões de brasileiros

Sem anistia, seguiremos aprofundando um abismo social e político que só interessa aos que hoje ocupam o poder.

O avanço das pautas de esquerda e o risco à liberdade cristã

Enquanto a atenção do país se volta para as prisões políticas, o governo avança silenciosamente em pautas que violam os valores da maioria dos brasileiros.

O Brasil é conservador e cristão, mas está sendo conduzido por um governo que defende:

• legalização do aborto
• legalização das drogas
• ideologia de gênero nas escolas
• desencarceramento em massa
• relativização do crime
• alianças com ditaduras como Venezuela e China

A fala recente do presidente afirmando que quem rouba um celular para comprar uma cerveja é vítima, e que o traficante é vítima do usuário, revela a completa inversão moral que está sendo imposta à nação.

Quando líderes religiosos são pressionados a se calar e quando cristãos passam a ser tratados como inimigos do Estado, é sinal de que já atravessamos a linha vermelha.

O Brasil precisa reagir

Não escrevo este artigo para inflamar o caos, mas para despertar a consciência.
Estamos vivendo tempos perigosos, tempos de perseguição política e religiosa.

O Brasil precisa se levantar pelas nossas liberdades:

• liberdade de fé
• liberdade de expressão
• liberdade política
• liberdade de ensinar nossos filhos
• liberdade de discordar do governo

Que a anistia venha, que a justiça prevaleça e que a verdade rompa a narrativa construída para manipular o povo brasileiro.

Peço que Deus tenha misericórdia da nossa nação e desperte a coragem necessária para enfrentarmos esse momento histórico.

E oro para que Ele salve o Brasil antes que o Brasil perca de vez a sua própria alma.

Leandro Jahel
Leandro Jahel é jornalista e pós-graduado em “coaching com ênfase em carreiras e empreendedorismo”, além de ter completado "The Art of Persuasive Writing and Public Speaking" pela HarvardX. Além disso, apresenta o podcast "Vamos Mudar o Mundo". Casado e pai de duas filhas, Leandro também é pastor e mestrando em teologia sistemática.