FERNANDA SALLES REVELA O FIM DA DEMOCRACIA: Acordos Políticos, Perseguição à Direita e a Verdade sobre Tarcísio!

A Verdade sobre Tarcísio de Freitas

No último episódio do podcast Vamos Mudar o Brasil, mais uma vez tive o prazer de receber a brilhante jornalista Fernanda Salles. Desde o nosso primeiro encontro, muita coisa aconteceu no cenário político: X caindo, prisão de Bolsonaro, julgamento STF e indicação de Flávio Dino, entre várias outras coisas. Retornamos para fazer uma análise do que está em curso no país. O que Fernanda expôs é um retrato duro e realista, que exige que a direita brasileira acorde.

Neste artigo, repercuto os momentos mais marcantes e polêmicos dessa conversa impactante que está disponível no Youtube. Depois de ler, vale a pena assistir! 

A Perseguição e a Ascensão da Violência

Um dos pontos mais chocantes da nossa conversa foi a análise de Fernanda sobre a escalada de violência e perseguição contra a direita. Ela mencionou que o assassinato de Charlie Kirk do Brasil abriu o “bueiro” para a saída de “todos os demônios”. Isso incentivou aqueles que antes temiam se manifestar a externalizarem sua violência.

Fernanda me contou sobre as ameaças graves que recebeu, inclusive de estupro e morte. O que mais a surpreendeu foi que a primeira e mais grave ameaça partiu de uma mulher, uma feminista. Ela questionou a sororidade da esquerda, destacando que as piores ameaças que sofreu vieram de outras mulheres. O fato de o agressor desumanizar o adversário taxando-o de fascista ou nazista serve para justificar a violência subsequente, seja ela física ou verbal.

Lembramos também da agressão física que Fernanda sofreu dentro da UFMG durante uma palestra de um líder comunista. Os agressores gritavam “Viva o Partido Comunista do Brasil!”. Isso apenas reforça o entendimento de que em ambientes onde eles pregam “pluralidade”, se você destoa das ideias deles, “a agressão é praticamente certa”.

O Fim do Debate e a Essência da Esquerda

Para Fernanda, o tempo de debater com comunista “acabou há muito tempo”. Essa gente não quer entender o seu ponto, ela quer “te eliminar do debate e impor as ideias dela à força”.

Ela fez uma analogia poderosa, comparando a mentalidade esquerdista ao discurso de Che Guevara na ONU. Nele, ele admitiu os fuzilamentos em Cuba, afirmando: “fuzilamos e vamos continuar fuzilando”. Para ela, quem carrega a imagem desse homem demonstra que, no fundo, o desejo é o mesmo expresso por Mauo Iasi para os conservadores: “uma boa pá, uma boa bala, uma boa cova”.

Analisamos também a questão da inocência ideológica. Embora possa haver pessoas que aderem à esquerda por necessidade de pertencimento em grupo, à medida que se aprofundam e conhecem o que a esquerda defende, “não dá mais para falar que essa pessoa é inocente”. Fernanda defende uma visão polêmica: o extremista pratica aquilo que o seguidor deseja. Nem todo esquerdista pegará um fuzil, mas ele deseja a eliminação do oponente, e o extremista cumpre esse desejo.

Discutimos também o papel da mídia tradicional, que demonstra um claro viés ideológico. Um exemplo claro disso é o tratamento do comunista Jones Manoel, que, apesar de discursos radicais, é chamado de “influenciador de esquerda” e não de “extremista”. Enquanto isso, Charlie Kirk, que foi assassinado, foi chamado de extremista. A imprensa brasileira se disfarça de neutra, mas serve aos interesses do conluio político.

O Teatro da Democracia e o Futuro da Política

O futuro do Brasil, segundo Fernanda, é pessimista. Ela não vê a menor chance de Bolsonaro voltar ao cenário político. Para ela, “nós teríamos que ter um sistema democrático”, o que, em sua opinião, não existe. O que temos é um “teatro de democracia”.

A jornalista acredita que haverá um “acordo” que resultará na redução das penas dos presos políticos. Será como um “cala boca para a oposição” e para a população. Ela projeta que Bolsonaro deve ficar em domiciliar por uns dois ou três anos. A vitória da esquerda ou centro-esquerda é “certa” nas próximas eleições.

Um dos momentos mais polêmicos da nossa análise foi a discussão sobre a pauta da anistia. Fernanda discorda que a pauta deva ser anistia, pois isso pressupõe que houve crime. Para ela, a pauta correta deveria ser a “anulação completa” dos julgamentos, que são ilegais. Estes fazem parte de uma perseguição ideológica em curso desde 2019, com o inquérito do “fim do mundo”.

O Alerta sobre Tarcísio de Freitas

Abordamos a figura de Tarcísio de Freitas, frequentemente cotado como um plano B da direita. Fernanda é categórica: Tarcísio é “completamente um esquerda light” e um “tecnocrata que serve aos interesses da esquerda”.

Ela lista várias razões para isso:

  1. Ele trabalhou com Dilma, no governo do PT.
  2. Ele não possui “nenhum valor conservador”, e quando criticado sobre o domínio da China, defendeu que “dinheiro não tem carimbo”.
  3. Ele financiou a parada LGBT com dinheiro público e se colocou como alguém que não entraria em “guerra ideológica”.
  4. Ele demonstrou contradição ao ir à Marcha para Jesus em um dia e liberar verba para a Parada LGBT no outro.

A grande questão, levantada por Fernanda, é que a direita precisa parar de focar na personalidade de Jair Bolsonaro e voltar à sua raiz conservadora. Aquela de 2016-2018.  “O bolsonarismo foi tomando o lugar do conservadorismo e focando em uma personalidade e não em valores”. A fidelidade deve ser às pautas que elegeram o político, e não ao homem.

O Jogo Sujo dos Acordões e a Urgência de um “Reset”

Um sentimento comum entre os conservadores, que compartilhei com Fernanda, é de que a direita está “sempre levando para trás” nos acordos políticos. Ela confirmou que a direita bolsonarista tem feito “concessões com a esquerda” desde 2019. Exemplos como o 7 de Setembro de 2021, que resultou em um “acordão” com Michel Temer e Alexandre de Moraes, mostram que negociar com “bandido” só leva a perdas.

A estratégia de participar do “teatrão de democracia” e fazer acordos tem sido desastrosa. Como exemplo recente, ela citou o fato de a direita ter apoiado a PEC da Blindagem, beneficiando o Centrão. Em troca, recebeu a PEC da Dosimetria. A impressão é que o acordo é “o acordo caraná: um entra com a cará, o outro com o resto”. Você não tem nada em troca.

Qual seria a saída? Para Fernanda, a única forma é a fidelidade às pautas conservadoras, ganhando ou perdendo. No entanto, dentro da estrutura atual, ela não vê solução.

Citamos o professor Olavo de Carvalho para resumir o impasse: “uma democracia morimbunda não pode ser salva por meios democráticos”. O sistema está podre e sempre se reorganiza para se beneficiar. A única maneira de haver uma solução real seria um “reset na República no Brasil”. Infelizmente, ela acredita que teria que ser um “reset popular”.

Encerrei nossa conversa com um apelo à razão e à estratégia: não podemos levar a política na emoção, mas sim usar a mente. Precisamos voltar para o campo ideológico e cultural, como o professor Olavo ensinou. O Lula teve paciência de 40 anos. A direita precisa entender que não mudará o Brasil para o ano que vem. É preciso paciência, fé e não desistir do Brasil.

Leandro Jahel
Leandro Jahel é jornalista e pós-graduado em “coaching com ênfase em carreiras e empreendedorismo”, além de ter completado "The Art of Persuasive Writing and Public Speaking" pela HarvardX. Além disso, apresenta o podcast "Vamos Mudar o Mundo". Casado e pai de duas filhas, Leandro também é pastor e mestrando em teologia sistemática.