“Condenação de Bolsonaro foi um teatro armado”: revelações explosivas de Pablo Gontijo no Vamos Mudar o Brasil

Pablo Gontijo e Leandro Jahel no Vamos Mudar o Brasil
Pablo Gontijo e Leandro Jahel no Vamos Mudar o Brasil

Na coluna de hoje mergulho nos bastidores da política nacional para repercutir a entrevista exclusiva que conduzi no podcast “Vamos Mudar o Brasil”. Meu convidado especial foi o renomado consultor político Pablo Gontijo, um profissional que desempenha um papel fundamental na interlocução e consultoria para o setor de serviços e comércio junto ao Congresso Nacional. 

Pablo e eu dissecamos os eventos mais recentes e impactantes do cenário político brasileiro, com foco na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, um veredito que tem gerado intensos debates, além da crescente polarização e da escalada do ódio que permeiam a sociedade, com profundas implicações para a economia e o futuro das próximas eleições.


A Condenação de Bolsonaro: Um Julgamento com Veredito Calculado

Para Pablo Gontijo, a condenação de Bolsonaro já era um desfecho anunciado. “Bolsonaro quando iniciou esse processo ele já tava condenado”, afirma Gontijo, corroborado por “centenas de jornalistas de juristas advogados inclusive fora do país presidentes”. Com a ministra Cármen Lúcia formando a maioria, o destino do ex-presidente estava selado.

Atualmente, Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e oficiais da Polícia Federal em sua casa, uma situação “constrangedora” que, para Gontijo, talvez mude apenas o “endereço da prisão”. Ele destaca que “não está acontecendo o devido cumprimento ao processo legal, respeito à Constituição”.

A crítica se aprofunda na figura do Ministro Alexandre de Moraes, que, segundo Gontijo, assume os papéis de “vítima, acusador e julgador” em um processo que “nasceu torto dentro do STF”. A manobra regimental em dezembro de 2023 é apontada como a responsável por garantir que o caso caísse nas mãos de uma turma específica, incluindo Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin – o ex-advogado de Lula, cujo voto era previsível. Ex-ministros como Celso de Mello e Marco Aurélio Melo estariam “estarrecidos com o rumo que as coisas estão tomando”.

O Voto de Fux e a Esperança da Anistia: Uma Luz no Fim do Túnel?

Em meio à condenação, um ponto de debate foi o voto “sensacional e importantíssimo” do Ministro Luiz Fux. Apesar de não alterar o placar, o voto técnico de 13 horas de Fux, que “desconstruiu toda a narrativa do Alexandre Moraes”, é visto como uma “mola propulsora para o projeto da Anistia”. Gontijo ressalta que esse voto “foi visto pelo mundo e pela imprensa”, oferecendo um “belo serviço” ao mostrar que “a gente não está louco”.

A anistia, que já conta com maioria na Câmara, enfrenta um caminho árduo. Gontijo prevê que, mesmo aprovada no Congresso, seria provavelmente vetada pelo Presidente Lula, e posteriormente derrubada pelo STF. A viabilidade da candidatura de Bolsonaro em 2026, mesmo com a anistia, é vista como algo ainda delicado.

Justiça em Crise: A Perda de Confiança e o Legado de 8 de Janeiro!

“Pela primeira vez, não é o Bolsonaro que não confia mais na justiça, todos os outros 50 milhões de brasileiros que votaram nele não confiam na justiça”, alerta Pablo Gontijo. O Brasil vive uma “insegurança institucional que pode comprometer a democracia”, muito mais grave que a insegurança jurídica. A narrativa de Alexandre de Moraes, que usa discursos e lives de Bolsonaro como “provas irrefutáveis” de um atentado contra a democracia, é considerada um “atentado contra a nossa inteligência”, pois eram atos públicos e opiniões pessoais.

Gontijo questiona a seletividade da justiça ao culpar Bolsonaro pelos vândalos de 8 de janeiro, comparando-a à ausência de responsabilidade atribuída a Lula quando o MST invade fazendas. Ele defende os presos do 8 de janeiro como “pessoas inocentes”, trabalhadores, pais de família, que estão “pagando com as vidas”. Casos como o de Clezão, que morreu na prisão, e Débora do Batom, condenada a 14 anos, são citados como exemplos de “inocentes presos que é pior do que um bandido solto”.

Eleições 2026: Desafios e Estratégias para a Direita

A saída para a crise atual passa pelas eleições de 2026. Gontijo, porém, reconhece que o processo eleitoral em 2022 não foi “isento nem equilibrado”, havendo um “favorecimento vindo da justiça do TSE aos candidatos da esquerda”. Ele cita proibições de propagandas de Bolsonaro, a “censura” de Cármen Lúcia a um programa do Brasil Paralelo e a multa de R$ 22 milhões ao PL por questionar os resultados como provas de um “protecionismo evidente”.

Apesar disso, há otimismo para 2026, pois o presidente do TSE será o ministro Cássio Nunes Marques, que Gontijo acredita ter uma postura isenta. A eleição de senadores é crucial, não apenas de direita, mas com “capacidade de diálogo” e preparo para articular com o “centrão” e garantir os 54 votos necessários para um possível impeachment de ministros do STF. Nomes como o deputado federal Domingo Sávio, pai de Pablo, são citados como exemplos de lideranças experientes.

A Morte de Charlie Kirk e a Escalada do Ódio Político

A morte do ativista Charlie Kirk, um pai de família cristão de 31 anos que promovia debates qualificados em universidades, é um “atentado” que se soma a uma série de ataques a líderes de direita. Gontijo alerta para um momento “doentio” onde as pessoas “estão colocando a política acima dos seus valores”. Ele cita os comentários de ódio sobre o câncer da senadora Damares Alves como exemplos de um ódio que “está se materializando com tragédias”.

“Se as pessoas estão começando a alimentar esse tipo de sentimento, estão se afastando de Deus”, reflete Gontijo. Ele lamenta que a “extrema direita está sendo eliminada hoje no mundo” e questiona o discurso do “governo do amor” da esquerda. Casos como a agressão ao advogado Jeffrey Chiquini em uma universidade federal e as ameaças de morte a Nikolas Ferreira ilustram a gravidade da situação. O vice-secretário dos EUA, Christopher Landal, afirmou que estrangeiros que celebrarem a morte de Charlie Kirk terão seus vistos caçados e negados.

A Hipocrisia da Esquerda: Discursos Socialistas, Vidas Capitalistas

Uma das maiores contradições e “hipocrisias” da esquerda brasileira é “pregar a democracia para se manter na ditadura”. Gontijo lembra que as maiores ditaduras do mundo se autodenominam democráticas, e até o Presidente Lula já defendeu a “democracia relativa” da Venezuela. A incoerência se estende à vida pessoal: líderes de esquerda pregam o socialismo e o comunismo, mas “se beneficiam do capitalismo”, morando em luxuosos apartamentos e comprando imóveis em Miami, enquanto seus filhos não são enviados para estudar em Cuba ou na Venezuela.

A frase de Margaret Thatcher, “o comunismo é ótimo e maravilhoso até que acaba o dinheiro”, resume essa contradição. Gontijo, citando uma anedota do ex-presidente Ronald Reagan, ilustra como a lógica de “ajudar os pobres” através de impostos e burocracia estatal esconde a improdutividade, onde o cidadão comum já vive sob um “comunismo” velado no Brasil.

Economia em Xeque: O Impacto do Governo do PT no seu Bolso

Além dos dramas políticos, a “linha de governo que o PT representa é uma linha muito nociva” para a economia, especialmente para o setor de comércio e serviços. Gontijo critica o assistencialismo que, de 3 milhões de famílias em 2002, hoje atinge mais de 20 milhões de famílias no Bolsa Família, custando R$ 14 bilhões por mês. O problema, segundo ele, não é o programa em si, mas a ausência de uma “porta de saída” que incentive o trabalho.

Muitos beneficiários, recebendo mais que um salário mínimo, preferem a informalidade ou não trabalhar para não perder o auxílio, “incentivando a improdutividade da pessoa”. Um projeto de lei (PL 2363/2025) propõe que os municípios gerenciem os cadastros de beneficiários e vagas de emprego, com a recusa injustificada resultando na perda do benefício.

Outro ponto crítico é o MST, que Gontijo classifica como “organização criminosa”. Ele critica o incentivo à invasão de propriedades rurais por parte do governo e de ministros do Supremo, destacando que o movimento não possui registro jurídico. A combinação de carga tributária alta, juros elevados e a insegurança gerada pelo MST mina a produção agrícola, fazendo com que o agronegócio seja naturalmente contrário a esse governo.

O Futuro do Brasil: Uma Chamada à Razão e à Luta Pela Liberdade

Em meio a um cenário tão desafiador, eu e Pablo Gontijo fizemos um apelo à razão. Precisamos nos posicionar de forma racional, sem se calar, mas também sem excesso de emoção. A política é um “jogo de xadrez” onde é preciso estratégia e sabedoria. A luta pela liberdade de viver, educar os filhos e prosperar, sem o “peso do estado nas costas”, é o cerne do que realmente importa.

Finalizei o podcast lembrando a importância do voto em 2026, especialmente para o Senado. A mensagem final é clara: “vamos continuar trabalhando, não vamos nos calar, vamos nos posicionar”, pois a política é gratificante quando encarada como um papel do cidadão para ser a diferença no mundo.

Leandro Jahel
Leandro Jahel é jornalista e pós-graduado em “coaching com ênfase em carreiras e empreendedorismo”, além de ter completado "The Art of Persuasive Writing and Public Speaking" pela HarvardX. Além disso, apresenta o podcast "Vamos Mudar o Mundo". Casado e pai de duas filhas, Leandro também é pastor e mestrando em teologia sistemática.