7 de Setembro: multidões nas ruas em defesa da anistia e da liberdade no Brasil

Foto: Leandro Jahel
Foto: Leandro Jahel

O último domingo, 7 de setembro, Dia da Independência, entrou para a história recente do Brasil. Em várias capitais, milhões de brasileiros foram às ruas em manifestações comandadas pelo pastor Silas Malafaia e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O tema central dos atos foi claro e direto: anistia já tanto para os condenados do 8 de janeiro de 2023 quanto para o próprio ex-presidente, que enfrenta julgamento no STF.

A maior manifestação ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, onde milhares de pessoas se reuniram a partir das 15h, pintados de verde e amarelo, com bandeiras do Brasil e cartazes clamando por justiça e liberdade. Apesar da ausência de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, sob a acusação de tentar obstruir o julgamento junto com seu filho Eduardo, o clima foi de unidade e força. A presença política e simbólica do ex-presidente ficou evidente em cada grito, em cada bandeira e em cada oração entoada durante os atos.

Belo Horizonte mostrou sua força

Na capital mineira, a Praça da Liberdade foi o palco de um dos maiores eventos do país. Organizada por movimentos de direita como o Movimento Pró BrasilNação Conservadora, liderado por Richard Rocha, e o Conservadores em Ação, de Raquel Morato, a manifestação reuniu milhares de pessoas, caravanas vindas do interior e lideranças políticas de peso.

Para Richard Rocha, o evento foi “um sucesso absoluto” e deixou claro que, mesmo com Bolsonaro preso, a direita mantém sua chama acesa e sua capacidade de mobilização intacta. Já Raquel Morato destacou a união dos diferentes movimentos conservadores, que, segundo ela, “mostrou maturidade política e preparo para enfrentar os desafios que virão”.

Lideranças políticas e rostos conhecidos

A manifestação em Belo Horizonte contou com nomes de destaque da política nacional e mineira. Estiveram presentes o deputado federal Nikolas Ferreira, o deputado estadual Bruno Engler, vereadores da capital e de diversas cidades do interior, além do vereador de São Paulo Adrilles Jorge.

A cobertura jornalística também marcou presença. A Revista Timeline transmitiu flashes ao vivo diretamente da Praça da Liberdade, enquanto nomes como Ernesto Lacombe e Allan dos Santos, de Orlando, deram projeção internacional ao ato.

Outro momento de grande emoção foi a mensagem de áudio enviada por Michele Bolsonaro, saudando os mineiros e conclamando o povo à resistência contra a tirania e a perseguição política.

Mas não foram apenas os discursos políticos que marcaram. O que mais me impressionou foi a conduta dos manifestantes. Eu, pessoalmente, fiquei surpreso com a organização, a paz e o respeito. 

Famílias inteiras, crianças, idosos e até pessoas com deficiência estavam presentes, mostrando que esse é um movimento genuinamente popular e democrático. Não havia vandalismo, não havia violência, havia apenas o desejo de liberdade e justiça.

Gritos de liberdade

No trio elétrico, as falas foram firmes e diretas: “Fora Lula”“Fora Moraes” e “Anistia Já” ecoaram da multidão. As críticas ao STF e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, foram duras e constantes. Para os manifestantes, não se trata de um embate ideológico apenas, mas de uma luta pela sobrevivência da democracia brasileira.

As manifestações também reforçaram a narrativa de que há dois pesos e duas medidas no país: enquanto opositores do governo são tratados como criminosos, figuras ligadas à esquerda, mesmo envolvidas em escândalos de corrupção, seguem livres e até ocupando cargos de poder.

Uma mensagem clara ao Brasil e ao mundo

O 7 de setembro de 2025 mostrou que o Brasil vive um momento decisivo. O povo foi às ruas não apenas para comemorar a Independência, mas para deixar claro que não aceitará calado as injustiças, perseguições políticas e a tentativa de silenciar vozes conservadoras.

Em Belo Horizonte e em todo o país, a mensagem foi única: o Brasil precisa reagir. A anistia não é apenas um pedido, mas um clamor de liberdade que ecoa nos quatro cantos da nação.

O mundo observou mais uma vez que a direita brasileira está viva, forte e mobilizada. Mesmo sem a presença física de Bolsonaro, sua liderança segue inspirando milhões que não se intimidam diante das ameaças e perseguições.

Participei desse ato com orgulho e convicção. Vi de perto um povo que não perdeu a esperança e que está disposto a lutar pacificamente pela democracia verdadeira. Mais do que um protesto, o que vimos neste 7 de setembro foi um despertar coletivo: o Brasil reagindo contra a perseguição, contra a injustiça e em defesa da liberdade.

O grito da Independência se renovou, e dessa vez não foi apenas contra uma coroa distante, mas contra um sistema que tenta calar a voz do povo. A história está sendo escrita diante de nós — e cabe a cada um escolher de que lado ficará.

Leandro Jahel
Leandro Jahel é jornalista e pós-graduado em “coaching com ênfase em carreiras e empreendedorismo”, além de ter completado "The Art of Persuasive Writing and Public Speaking" pela HarvardX. Além disso, apresenta o podcast "Vamos Mudar o Mundo". Casado e pai de duas filhas, Leandro também é pastor e mestrando em teologia sistemática.