O episódio 70 do podcast “Vamos Mudar o Mundo”, agora rebatizado como “Vamos Mudar o Brasil“, prometia uma conversa explosiva, e entregou! Apesar de um início caótico, com o link do YouTube caindo e uma espera de uma hora e meia, consegui arrancar revelações impactantes do deputado estadual Cristiano Caporezzo. Uma prosa que fluiu, mesmo diante dos imprevistos, provando que “se está difícil, é porque vai ser bom”. Caporezzo, conhecido como uma das maiores vozes do conservadorismo no Brasil, não se intimidou e abriu o jogo sobre temas polêmicos.
De Imigrante Nordestino ao Conservador: A Jornada de Caporezzo Contra o ‘Câncer PT’
A história de Caporezzo é marcada pela superação. Nascido no sertão do Seridó, em Currais Novos, e vivendo em São Vicente, ele é um imigrante nordestino que cresceu sem água encanada e recebeu programas sociais como Bolsa Família e PET. Sua vinda para Minas Gerais foi uma fuga de uma “desgraça social” e um “câncer político chamado PT” no Nordeste. A frustração foi grande ao ver Fernando Pimentel (associado a Dilma e ao PT) eleito governador de Minas, o que o impulsionou a combater o crime não apenas como policial militar, mas também na arena política, inspirado em Jair Bolsonaro. Ele afirma ter honrado aqueles que confiaram nele para defender Deus, pátria, família e liberdade.
Bolsa Família: Barganha Política e a Estratégia do PT para Manter a Pobreza
Sua perspectiva sobre o Bolsa Família é dura: ele rejeita a ideia de gratidão a Lula. Para Caporezzo, o benefício é usado como barganha política por prefeituras e candidatos no Nordeste, onde a população, dependente devido à seca e à falta de industrialização, se torna “massa de manobra eleitoral”. Ele acredita que o PT impede deliberadamente o desenvolvimento econômico da região para manter a dependência. “Lula é mesmo pai dos pobres” e, ao governar, “vai multiplicar a pobreza”, conclui Caporezzo.
Pró-Armas e Pró-Vida: A Visão Chocante de Caporezzo sobre Justiça e Pena de Morte
Caporezzo se define como “Cristão conservador pró-armas e pró-vida“. Ele defende que a arma é um objeto inanimado, e sua finalidade depende de quem a empunha. Em suas mãos, como policial, sempre serviu para defender a vida e os mais frágeis. A segurança pública, em sua perspectiva, não se resolve com “abraços” ou “musicais”, mas com “socos na boca, chutes na barriga, algemando, dando um tiro“. Em uma fala polêmica, sugere que “a cura para a pedofilia é dose única de uma munição .40 na cabeça“.
Ele é totalmente a favor da pena de morte, conciliando-a com sua fé cristã. Argumenta que Deus não se alegra com a injustiça e que dar a oportunidade de um criminoso reincidente viver é errado. Caporezzo cita passagens bíblicas para justificar o uso da força e da punição, como a espada mencionada em Romanos 13. Para ele, a punição é a solução para os criminosos que existem hoje.
A Negação do Mal e a Hipocrisia da Esquerda: Caporezzo Não Perdoa
Caporezzo critica a esquerda por negar a existência do mal no mundo. Ele menciona Osama Bin Laden como exemplo de alguém culto que praticou o mal, desafiando a ideia de que a criminalidade é apenas falta de oportunidade. Para ele, existem pessoas que sentem prazer em praticar o mal, para as quais não há “cura” além da punição.
A hipocrisia da esquerda é outro alvo: muitos se opõem ao armamento civil, mas dependem de segurança armada. Ele cita o exemplo de uma deputada do PSOL que, apesar de ser contra o armamento, pediu escolta armada ao se sentir ameaçada.
Abortismo, Poder, Dinheiro e Morte: A Experiência Policial que Chocou o Deputado
A experiência mais chocante de sua vida como policial o levou a escrever o livro “Abortismo, poder, dinheiro e morte“. Ele testemunhou o corpo de um bebê abortado e abandonado em um calçadão em um dia de verão, que “derreteu e assou ao mesmo tempo no sol”. A cena, descrita como uma “monstruosidade”, o revoltou e o convenceu da necessidade de abordar o aborto sob perspectivas científica, histórica, religiosa e de poder. Todos os lucros da obra são destinados à causa pró-vida. Essa foi uma das piores experiências de sua vida, embora ele não consiga apontar qual foi a pior.
Eleições 2026: Bolsonaro, Zema e os ‘Presidenciáveis’ Desleais Segundo Caporezzo
Sobre o cenário político e as eleições de 2026, Caporezzo declara que está ativamente trabalhando pelo nome de Jair Messias Bolsonaro, apesar da inelegibilidade. Ele acredita que “em um ano muita coisa pode mudar” e critica outros pré-candidatos que, ao invés de defender Bolsonaro, parecem torcer por sua prisão para se viabilizarem.
• Governador Romeu Zema: Caporezzo expressa “completa decepção”. Acusa-o de não cumprir promessas básicas, como não aumentar impostos (citando o ICMS sobre “supérfluos” e o aumento da taxa cartorária). Além disso, critica a aprovação da “ideologia de gênero” e da “Agenda 2030 da ONU” na LDO do governo Zema, pautas que considera “totalmente globalistas” e prejudiciais à família. Ele considera Zema “desleal e ingrato” por negar alinhamento com o bolsonarismo, que foi crucial para sua eleição, especialmente no momento em que Bolsonaro mais precisa.
• Tarcísio de Freitas: É visto como “em cima do muro”, aguardando o processo político. Caporezzo reconhece seu bom trabalho como ministro, mas espera que ele defenda a liberdade e a elegibilidade de Bolsonaro.
• Ronaldo Caiado: Classificado como uma “grande decepção” e “ditador tirano” na época da COVID-19. Caporezzo critica sua proximidade com ministros do STF como Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
O STF e Alexandre de Moraes: ‘Violador de Direitos Humanos’ e ‘Maior Ameaça à Liberdade’
O STF e Alexandre de Moraes são um ponto central em suas críticas. Caporezzo rotula Moraes como um “violador de direitos humanos” e a “maior ameaça à liberdade de expressão no Brasil“. Ele elenca diversas ações que considera abusivas:
• Prendendo mais de 1000 pessoas com acusações genéricas.
• Atropelando prazos processuais e atacando o direito de ampla defesa e contraditório.
• Mantendo Felipe Martins em condições “similares à tortura”.
• Não preservando os direitos humanos de Daniel Silveira.
• Sendo “obcecado pelas redes sociais dos seus opositores” e tentando censurar.
Caporezzo afirma ter certeza de que está sendo monitorado pelo STF, mas não se deixará levar pelo medo, pois acredita na “imortalidade da alma” e na prestação de contas a Deus. Ele desafia outros políticos a terem a mesma coragem.
O Trabalho na Assembleia: Fiscalização, Leis e o Desafio de Lidar com a Esquerda
Em seu trabalho como deputado, as prioridades são fiscalizar o executivo e legislar. Sua primeira lei aprovada proíbe o policiamento unitário, visando proteger a vida dos policiais. Ele critica o critério de julgar deputados pela quantidade de emendas, pois isso alimenta a corrupção. Caporezzo desafia qualquer um a mostrar uma votação sua que tenha prejudicado a população, votado aumento de imposto, ideologia de gênero ou contra a família.
A convivência com a esquerda na Assembleia é descrita como um “grande desafio“. Caporezzo expressa um “nojo visceral” das ideias petistas, criticando pautas como homens trans em esportes femininos ou a censura de redes sociais, enquanto votam contra o cadastro público de pedófilos. Ele é contra a criminalização de quem discorda da esquerda, que o acusa de “violência política de gênero” por discordar de ideias proferidas por mulheres. Ele conclui que “nunca vi um projeto de lei da esquerda que não tivesse algum jabuti dentro” e que, se o Nazismo é crime (por ter matado 6 milhões), o Comunismo também deveria ser (por ter matado 100 milhões).

As ‘Rapidinhas’ de Caporezzo: Gênero, Feminismo, STF, Agronegócio e MST
No quadro “rapididinhas”, Caporezzo se posiciona de forma incisiva:
• Ideologia de Gênero: “Totalmente contrário. É a destruição da família e das crianças“.
• Feminismo: “Coisa de homem sem testosterona. Tenho mais nojo do feministo do que da feminista. A mulher tem que ser feminina e não feminista”.
• Alexandre de Moraes: “Tirano“.
• Eleições 2026 (Presidente): “Jair Bolsonaro“.
• Eleições 2026 (Minas Gerais): “Cleitinho é a melhor pedida” para o governo.
• Escolas Cívico-Militares: “Totalmente favorável, porque sem lei e ordem jamais haverá progresso”.
• Agronegócio: Grande defensor, criticando a esquerda por demonizá-lo e tentar dividi-lo com a agricultura familiar. Para ele, o agronegócio é a “força motora do nosso país” e a agricultura familiar é sua “gênese”.
• MST: Considera um “grupo terrorista” que não respeita o direito de propriedade e desvirtua o conceito de função social, que na verdade, surgiu na Idade Média com Santo Tomás de Aquino.
O Brasil em Ponto de Inflexão: O Chamado à Coragem da Direita
Caporezzo finaliza o podcast afirmando que o Brasil vive um “ponto totalmente inflexível” de sua história. O sucesso ou fracasso das movimentações políticas atuais determinará o futuro do país, se será “o país do futuro” ou uma “república onde impera a opressão”.
Ele encoraja a população a acompanhar seu trabalho e se posicionar “sem medo, com coragem“, pois “o Brasil precisa de pessoas conservadoras, precisa de pessoas de direita”. O deputado ressalta que o Senado precisa de “gente de coragem“, pois não é um lugar para quem busca “bem bom”.























