Com a eleição do presidente americano Donald Trump, diversos movimentos políticos brasileiros tentam politizar em cima da decisão, querendo que isto traga reflexos na capital mineira, Belo Horizonte e no estado.
Mas o que se viu nas eleições que aconteceram semanas antes, na cidade, que escolheu o prefeito Fuad Noman para continuar por mais quatro anos no comando do município, é que não há mais saco para conversas sobre Donald Trump, Jair Bolsonaro e Lula.
São assuntos muito distantes do brasileiro médio e trazem muito pouco reflexo na vida das pessoas.
Entre os eleitores da capital mineira, o sentimento de insatisfação com a polarização entre direita e esquerda se reflete tanto nas conversas do dia a dia quanto nas pesquisas de intenção de voto.
Observadores políticos apontam que a população da cidade busca uma alternativa que se distancie dos extremos, optando por uma administração focada em propostas pragmáticas e soluções reais para os desafios locais.
Fuad, um candidato do centro
Fuad fugiu ao máximo da polarização entre direita e esquerda. Enquanto Duda Salabert e Rogério Correia sequer foram ao segundo turno, Bruno Engler, da direita, não conseguiu a vitória no segundo e ainda aumentou sua rejeição.
Em vez disso, os eleitores estão valorizando candidatos com perfis conciliadores, que priorizam o diálogo e que demonstrem estar mais comprometidos com o bem-estar da cidade do que com posicionamentos partidários radicais.
A falta de paciência com a polarização está sendo aproveitada por novos candidatos que se apresentam com agendas mais pragmáticas, voltadas para o desenvolvimento urbano, segurança, saúde, educação e meio ambiente.
BH, um caminho a se seguir?
Para muitos, a nova postura do eleitorado belo-horizontino mostra que a cidade está pronta para uma política mais madura e equilibrada. Se essa tendência se confirmar nas urnas, Belo Horizonte poderá se tornar exemplo de como o Brasil