Em Belo Horizonte, a verdadeira experiência de um boteco não está apenas na cerveja gelada, mas na vitrine de vidro aquecida que guarda tesouros da gastronomia popular: a estufa. Para o belo-horizontino, a “comida de estufa” é uma instituição, um convite para petiscar em pé, no balcão, enquanto se joga conversa fora.
Se você quer mergulhar nessa cultura, preparamos um guia com os clássicos que você precisa provar:
Fígado com Jiló Acebolado: Talvez o mais icônico de todos. A combinação do amargor do jiló com a intensidade do fígado e a doçura da cebola caramelizada é um patrimônio da cidade. Onde encontrar a tradição? O Bar do Bolão, no bairro Santa Tereza, é uma referência.
Moela ao Molho: Cozida lentamente em um molho de tomate robusto e bem temperado, a moela de boteco é macia e saborosa. Perfeita para acompanhar um pão francês e “limpar” o prato. O Bar da Lora, no Mercado Central, tem uma das mais famosas da cidade.
Língua de Boi Cozida: Outro prato que pode causar estranheza aos não iniciados, mas que é uma iguaria. Quando bem preparada, a língua fica extremamente macia e desmanchando. O bar Pé de Cana, no bairro Funcionários, é conhecido por sua versão.
Pastel de Angu: Uma herança da culinária tropeira, o pastel de angu é feito com uma massa de fubá e recheado geralmente com carne moída ou umbigo de banana. É crocante por fora e cremoso por dentro. É um clássico em diversos bares, incluindo o Mercearia 130.
Torresmo de Barriga: Embora não seja exclusivo de estufa, um bom torresmo pururuca, carnudo e crocante, é um item obrigatório. O Rei do Torresmo, no Mercado Central, faz jus ao nome e é parada obrigatória para os amantes da iguaria.
Explorar a comida de estufa de BH é mais do que um passeio gastronômico; é uma imersão na alma boêmia e democrática da capital mineira.























