O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), segue em estado “bastante grave” após sofrer uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25/3).
Segundo boletim médico divulgado nesta quarta (26/3), assinado por especialistas do Hospital Mater Dei, Fuad foi reanimado, mas enfrenta choque cardiogênico — condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo —, além de insuficiência renal aguda.
O prefeito Fuad Noman está dependente de aparelhos para respirar e recebendo medicamentos de alta potência para estabilizar a pressão arterial.
A crise ocorre em meio ao tratamento de um linfoma (câncer no sistema linfático), diagnosticado em julho de 2024, e a uma pneumonia que o levou a ser internado novamente em janeiro, logo após assumir o segundo mandato.
Em entrevista na segunda-feira (24/3), o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que está à frente do Executivo desde janeiro, admitiu não ter comunicação direta com Fuad.
“As atualizações chegam por sua esposa, Mônica, e pela imprensa”, declarou durante evento de entrega de viaturas à Guarda Municipal. A falta de acesso ao prefeito levanta questões sobre a transparência na gestão municipal e a capacidade de Damião de tomar decisões críticas sem orientação.
Aos 77 anos de idade, Fuad Noman está internado desde o dia 3 de janeiro e as informações que chegam são sempre por boletins médicos.
A ausência prolongada de Fuad e a falta de comunicação clara com o vice-prefeito preocupam gestores públicos.
