Dois partidos de esquerda de Belo Horizonte, o Partido dos Trabalhadores e o Psol, decidiram fechar voto para tentar penalizar o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) com uma cassação parecida com a da ex-presidente Dilma Rousseff: um processo de impeachment sem crime, chamado pelos partidos de “golpe”.
Em 2016 a então presidente da república foi acusada de crime de responsabilidade e perdeu seu mandato em um processo longo, aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Há poucas semanas o Tribunal Federal de Brasília inocentou a ex-presidente e causou reação do presidente Lula: “O fato da presidente Dilma ter sido absolvida pelo Tribunal Federal de Brasília demonstra que o Brasil deve desculpas à presidente Dilma, porque ela foi cassada de forma leviana”.
Curiosamente, hoje, as bancadas do PT e do Psol, contrárias ao impeachment de Dilma, decidiram fechar voto pela abertura do processo do vereador Gabriel Azevedo, sem indício de crime.
O vereador Bruno Pedralva citou como um dos motivos do voto do PT pela abertura do processo de impeachment de Azevedo a “crise política” que a cidade vive e relembrou o que aconteceu com a ex-presidente:
“A democracia é muito valorosa, mas também muito custosa… O impeachment da presidenta Dilma levou o povo brasileiro a uma situação de miséria, depois do golpe contra a presidenta Dilma”, disse.
Em seguida, ele disse: “Por isso a gente declara o voto da bancado do PT e do Psol, que será pela abertura do processo de cassação do presidente Gabriel, mas isso não significa que vamos votar pelo processo de cassação”.
Como votaram
PT – Bruno Pedralva – SIM
PSOL – Cida Falabella – SIM
PSOL – Iza Lourança – SIM
PT – Pedro Patrus – SIM