Passagem de ônibus em BH será de R$ 5 quando o jogo de cena acabar

O script do aumento do valor da passagem de ônibus nunca falha em Belo Horizonte. As empresas pedem um reajuste muito alto até conseguirem o valor que já está combinado.

Em entrevistas ainda no ano passado, o prefeito Fuad Noman já havia cantado a bola que mesmo com um subsídio seria preciso aumentar o valor da tarifa: “Vamos ter uma planilha de custos definida: a passagem e o que faltar para cumprir o custo, um subsídio ou uma outra forma qualquer”, disse ao O Tempo.

Como funciona o jogo de cena

As empresas anunciaram que pediriam um reajuste da passagem para R$ 6,90, contando que o alarde seria reproduzido em massa, como foi. O reajuste precisa ser aprovado pelo prefeito, ou pedido na Justiça, o que não foi feito.

O comandante da prefeitura anuncia que não vai deixar que a passagem seja reajustada para este valor tão alto.

Um longo debate público começa sobre a qualidade do serviço e o valor pago aos empresários. O subsídio é mais uma vez debatido. Assim como o valor da tarifa, é oferecido um valor bem alto, já com a intenção que ele caia.

Quando o valor do subsídio cai, constata-se que será preciso fazer, também, um reajuste da passagem “para inteirar”.

Como o subsídio caiu, fica mais fácil aceitar o novo valor. O mesmo acontece com a passagem, que deve ser reajustada para R$ 5, que é bem mais fácil de aceitar do que R$ 6,90.

Fuad confirma reajuste para os ônibus

“Não demos aumento em 2019, 20220, 2021 e 2022, isso claramente gera uma situação insustentável para as empresas. Ninguém faz caridade, todo mundo trabalha com objetivo de ganhar dinheiro”, disse o prefeito nesta segunda, 3.