Na maior parte do país, os telespectadores de televisão aberta estão acostumados a assistir quase tudo do que é produzido em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde ficam as sedes dos grandes canais de TV.
Com isso, se tornou natural, também, que apresentadores dos telejornais locais, como Rodrigo Bocardi e César Tralli recebam salários muito maiores do que as estrelas do jornalismo mineiro.
Um dos pontos que ajuda a explicar a diferença está no faturamento. Como as grandes agências também estão no eixo Rio-São Paulo, acabam negociando campanhas nacionais e enchem o cofre dos canais das duas capitais.
Outro ponto é que, como os telejornais exibidos em rede também são gravados nas duas capitais, os apresentadores de lá acabam entrando em escalas de folgas e férias dos titulares do Jornal Hoje e Jornal Nacional, o que nunca acontece com os jornalistas da Globo Minas.
Regulação da mídia pode inverter o quadro?
Um tema que voltou a ser comentado no país é a famosa regulamentação da mídia. Ela não é novidade no mundo e tem a capacidade de trazer mais benefícios para a população do que prejuízos.
Neste panorama, as emissoras precisariam criar mais conteúdo local para a grade, que basicamente é ocupada por 3 jornais regionais. Isso também acaba prejudicando a produção artística de quem não está nas capitais paulista e carioca.
Cultura coreana começa a ganhar o mundo
Um grande exemplo de regulamentação que deu certo é a da Coréia do Sul, que obrigou os serviços de streaming a exibirem porcentagem de seu conteúdo feito no próprio país.
Como a produção aumentou exponencialmente, o público também. Com mais filmes e séries sendo feitas por lá, muitas acabam entrando no catálogo de vários outros países, como o Brasil.
Bem-vindos ao meu perfil de #LCDP Coréia! 🚨Estreia 24 de junho 2022. pic.twitter.com/CqH68pUNSY
— La Casa de Papel Coréia (@LCDPCoreiaBR) June 17, 2022
Na música, alguns dos maiores grupos também estão se tornando fenômenos mundiais. As bandas BTS e Black Pink são apenas dois gigantes coreanos. O sucesso é tão grande que o governo mudou uma regra que obrigava todos os rapazes a cumprirem serviço militar só para que os integrantes não precisassem se afastar dos palcos. Até uma versão de La casa de Papel foi refeita lá.