Péssima notícias para as pessoas pobres de Belo Horizonte, que infelizmente não podem pagar um plano de saúde e dependem do que a Prefeitura pode oferecer. Pelo menos nos dois próximos anos, até o fim da atual gestão, nada deve melhorar.
Pelo menos é o que demonstra o prefeito Fuad Noman (PSD), que questionado por O Tempo sobre pessoas esperando até 6 horas por atendimento, lamentou: “É uma pena”.
Ele seguiu dizendo que bobo é quem pensa que o problema é só nas UPAs da cidade. Segundo Fuad, quem for visitar os hospitais vai sentir o mesmo descaso:
“Lamentavelmente, não é só nas Upas, mas em todos os hospitais, estamos com esse mesmo problema. O volume de crianças é muito grande, se eu puser dez médicos e tiver 400, 500 crianças para serem atendidas, é quase impossível não ter fila de espera”. Alguém na secretaria de Saúde poderia sugerir colocar 20, mas eles teriam de pensar em algum projeto para atrair mais médicos para a cidade, o que dá muito trabalho. Como se sabe, nem todo mundo da pasta trabalha em tempo integral.
O prefeito alegou que está tentando resolver o problema: “Nosso trabalho é forte no sentido de tentar atrair mais médicos, mas não é tarefa fácil”. De fato não é nada fácil. O prefeito não conseguiu convencer nem sequer a secretária de Saúde a trabalhar só para o serviço público e ela segue atendendo na rede particular.