Se a prefeitura de Belo Horizonte tivesse o mesmo empenho para vacinar as crianças da cidade que tem para dar dinheiro às empresas de ônibus, provavelmente já estaríamos sem a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados.
No sudeste é a segunda capital que menos completou a imunização de crianças entre 5 a 11 anos. Perde para São Paulo e Rio de Janeiro e fica à frente de Vitória, que tem infinitamente menos recursos.
E por falar em recursos, é o que não falta na PBH. Com R$ 160 milhões em caixa prontos para serem entregues às empresas de ônibus, a capital poderia, se quisesse, realizar uma ação de Páscoa e dar chocolates para as crianças que fossem aos postos neste fim de semana.
Enquanto o novo prefeito Fuad Noman conseguiu refazer o projeto de subsídio dos transportes no mesmo dia em que assumiu, até hoje ninguém ouviu falar em mutirão, nem nada do tipo. Pelo contrário: no primeiro fim de semana após assumir a prefeitura, interrompeu a vacinação contra a Covid. O motivo? Ministério Público vai investigar.
Rio e São Paulo saem na frente
A cidade de São Paulo registra neste sábado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 53,5% de crianças entre 5 e 11 anos totalmente vacinadas. O Rio de Janeiro vem em seguida com 37%. Ambas as capitais estão promovendo diversas ações e aplicam vacinas nas escolas públicas.
BH vem logo depois, com 33,1%, superando Vitória, que registra apenas 7,9%. O estado do Espírito Santo, porém, está tentando correr atrás com mutirões de vacinas.
Belo Horizonte segue como a única capital do sudeste com uso de máscaras obrigatório em locais fechados.