O novo prefeito de Belo horizonte, Fuad Noman, é um político experiente, apesar deste ser seu primeiro cargo liderando o executivo. Se para empresas privadas trabalhou para a Saritur e fez parte do conselho de administração da Marcopolo, onde recebeu cerca de R$ 10 milhões, na esfera pública foi Secretário de Transportes e Obras Públicas (Setop) no governo de Aécio Neves.
Foi Fuad Noman que geriu o primeiro contrato do transporte metropolitano, que atende servidores que vão para a Cidade Administrativa, por exemplo.
Em seu primeiro dia como prefeito de BH, devolveu o projeto de subsídio para as empresas de ônibus. Desta vez dando R$ 11 milhões a mais do que Kalil estava entregando.
Ao mais desavisado, então, pode parecer estranho que a PBH tenha escolhido apenas lamentar a liminar da Justiça que obrigará a cidade a aumentar o preço da passagem. Poderia recorrer da decisão? Sim, mas escolheu ficar apenas na lamentação.
Também não enfrentará a multa por desobedecer a liminar. Seriam R$ 250 (duzentos e cinquenta reais) por dia, limitados a 30 dias. Um total de R$ 7.500,00. Mas se não vai sequer recorrer, é claro que não vai desobedecer.
Olho grande nos bastidores
Uma fonte ligada às empresas de ônibus afirmou que os planos mudaram. Mesmo que a Câmara aprove o subsídio, ele não será fixará a passagem mais em R$ 4,30. Os R$ 0,20 centavos de desconto, devem ser aplicados à nova tarifa.
Ou seja, de R$ 5,85 ela regrediria para R$ 5,65. Se confirmado, será o maior tapa na cara que o belo-horizontino levará em anos. O aumento da passagem já havia sido abordado com exclusividade pelo Moon BH em meados de março, quando dissemos que as empresas tentariam um reajuste.
Barulho ensurdecedor da Câmara Municipal de Belo Horizonte
Se nas últimas semanas a CMBH parecia super atuante em nome dos interesses da população e contra as empresas de ônibus, agora o silêncio que faz é cada vez mais ensurdecedor.