Os chefes do executivo e legislativo de Belo Horizonte, respectivamente Alexandre Kalil e Nely Aquino, vivem em conflito mais acirrado desde a semana passada, quando o prefeito disse que a presidente da Câmara era “sua inimiga pessoal”.
A acusação é de que ela estaria usando de forma política o projeto que reduziria a passagem em BH em 20 centavos. Em entrevista exclusiva ao Moon BH, Nely negou:
Nely Aquino – “Não, isso não é verdade. Primeiro que o projeto no qual o prefeito diz ser de “redução de passagem”, trata-se, na verdade, de mais um subsídio de R$156 milhões para as empresas de ônibus, além do que já foi concedido de mais de R$200 milhões”, explicou. Nely ainda explica que os técnicos da própria PBH reconhecem os erros no projeto.
O Moon BH perguntou se a Câmara estaria preocupada com os possíveis impactos da guerra, que poderiam fazer o diesel subir ainda mais, ameaçando um colapso no transporte público. Nely respondeu:
Nely Aquino – “Claro que a Câmara se preocupa. Inclusive o transporte público vem sendo motivo de preocupação e diversas discussões há muito tempo nesta Casa, taí a CPI da BHTRANS. Os preocupação não é apenas em reduzir tarifa, mas garantir a qualidade do transporte público que atende a população de Belo Horizonte”.
Carnaval fora de época em BH
Na semana passada Kalil se mostrou favorável a realização da folia, dizendo que o assunto seria debatido “com muita calma” com o Legislativo. Entretanto ele sugeriu que a Câmara estaria criando obstáculos e que teria soltado uma nota que só sob projeto de Lei: “O carnaval fora de época tem que ser debatido. Já soltaram nota afirmando que é projeto de lei, que a Câmara tem de aprovar: “o carnaval fora de época tem que ser debatido. Já soltaram nota afirmando que é projeto de lei, que a Câmara tem de aprovar”. Segundo a presidente da CMBH, isto é mentira:
Disse ainda que, respeitada a ciência, não há motivos para se opor ao Carnaval fora de época em BH,uma vez que traz grandes investimentos e turistas:
Nely Aquino – “Estamos ainda vivendo em um período pandêmico, é preciso se ater às medidas de prevenção e as orientações dadas pelos órgãos de saúde. São medidas que levam em consideração o esquema vacinal de cada cidade e índice de ocupações de leitos. O carnaval é uma festa popular, talvez a maior, que gera muito investimento e turismo para a cidade. Caso esteja tudo de acordo com as medidas de prevenção e proteção, não há motivos a se opor à festa”.
*Esta entrevista foi realizada por e-mail e editada para melhor compreensão. Você pode ler as perguntas e respostas na íntegra aqui.