Desde que o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil anunciou o subsídio da PBH para a redução da passagem de ônibus, tanto os usuários quanto as empresas estão ansiosos pelo desenrolar da história. E agora ela está nas mãos de uma pessoa: Nely Aquino.
A presidente da Câmara de BH recebeu o projeto, mas sob os argumentos de falhas no documento, diz que precisa devolver para a Prefeitura.
A “pirraça”, como alguns colegas de Nely estão chamando a atitude, é só para o projeto voltar para lá só quando Kalil sair da prefeitura. Pasmem, só para não ficar com o nome dele. Em entrevista para a Rádio Super, o repórter pressionou e quis saber: então a própria Câmara poderias criar o projeto lá, mesmo, não? O resultado é este:
Se demorar muito, a passagem poderia chegar até R$ 7 reais em Belo Horizonte.
Uma fonte ligada aos empresários de ônibus explicaram a soma que estaria sendo feita. “Sem o projeto de subsídio, temos direito contratual de reajuste. São 10% de inflação no ano passado. A passagem iria pra R$ 4,95. Mas com a guerra e o diesel subindo, teríamos de subir, também. Esta semana foi 25%. Se este preço todo for pra bomba, a passagem teria de ir pra mais de R$ 6. Se subir mais, poderia chegar a R$ 7 até o fim do ano”, disse pedindo para não ser nominado.
Questionamos se teria como este reajuste todo ser aprovado. Ele disse que há precedentes: “As companhias aéreas aumentaram o preço, os navios e até a Uber. Os contratos de transportes geralmente tem cláusulas de guerra”.
Ainda sobre a demora para o projeto tramitar na Câmara, ele diz que no final até a negociação do valor poderia cair: “Os valores da redução foram negociados no ano passado, com o petróleo em baixa. Aquele valor não reflete mais o preço de hoje e pode valer ainda menos na semana que vem”.