O colégio Santo Agostinho, tradicional em Belo Horizonte, parece ter ficado pra trás no tempo e teria demitido um de seus professores porque alguns pais não estão aceitando que ele, fora da sala de aula, em seu canal do YouTube, use o chamado ‘pronome neutro’.
O movimento é uma das questões trazidas pelo movimento LGBTQUIA+. Apesar de não ser unanimidade nem no movimento, é de fato um ato de liberdade de expressão.
Bom, alguns homofóbicos gritam contra o pronome neutro porque ele iria, segundo eles, destruir a língua portuguesa. Claro que é uma balela.
ORTHOGRAPHIA: Até a reforma ortográfica de 1911, ‘farmácia’ se escrevia ‘pharmacia’, ‘proibido’ se escrevia ‘prohibido’ e tantas outras variações, como palavras com dois “nn”, “mm” e tec. Nesta mesma reforma ortográfica retirou-se do português a letra ‘Y’, que foi substituída oficialmente pelo ‘i’. O mesmo ‘Y’ só retornou para o nosso alfabeto na reforma ortográfica de 1990, quase 80 anos depois e agora com outra função. Ou seja, tantas mudanças drásticas e o português não foi destruído.
É como dizer hoje em dia que um beijo gay na TV vai destruir a infância das crianças, quando nós, adultos de hoje, crescemos vendo Banheira do Gugu, Dancinha na Boquinha da Garrafa, Ela faz a Cobra Subir entre outros.
“Duas mães me procuraram para me alertar e narrar o que estava sendo dito no grupo de pais do WhatsApp. Uma delas me disse que eu estava sendo chamado de seguidor de Marielle só porque tinha uma pintura da vereadora no site”, contou o professor demitido William Quintal, ao podcast de Ricardo Mello. Alunos do colégio estão detonando a demissão, que pode até ser configurada como crime de homofobia. Assista: