Como adiantado pelo Moon BH, o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil renuncia à prefeitura no dia 25 de março, seu aniversário.
Foi em sua gestão que o Carnaval de Belo Horizonte se tornou um dos maiores do Brasil, mas se o prefeito não fizer nada, deixará uma triste lembrança para a capital: a privatização da folia.
Nos primeiros meses da pandemia Kalil exaltou os mais pobres de BH, afirmando que eram os que mais aderiam às medidas de prevenção contra a Covid. Agora, são os únicos privados da diversão. Quer dizer, talvez consigam aproveitar algo dos shows enquanto trabalham nas festas, com ingressos de até R$ 400 só a entrada.
Ninguém cai na balela de que um evento com quase 10 mil pessoas é mais seguro do que um bloco de rua. Além do mais, levantamento do Estado mostra que 8 a 9 a cada 10 internados por Covid não se vacinaram. É, então, justo que os vacinados paguem o preço por eles?
Rio de Janeiro e São Paulo confirmaram que seu Carnaval acontecerá em abril, no feriado de Tiradentes.
O tempo é corrido, mas se agir agora o quase ex-prefeito pode desprivatizar a folia que ajudou a construir.