Os belo-horizontinos estão dispostos a renovar os eletrodomésticos e as roupas com a Black Friday. Segundo pesquisa de intenção de compras realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), os itens aparecem como os mais desejados para a data, sendo que os eletrodomésticos representam 45,1% e vestuário, 30,1%. Também aparecem na lista: cosméticos e perfumes (20,4%), calçados (16,8%) e smartphone (15,1%).
Para adquirir esses produtos, o consumidor deverá desembolsar, em média, R$ 286,99 por produto. A expectativa é que cada cliente compre dois itens gerando, assim, um investimento de R$ 573,99. A pesquisa da CDL/BH foi realizada entre os dias 6 e 21 de outubro com 300 consumidores da capital mineira.
“Tradicionalmente o cliente espera pela Black Friday para adquirir um produto de maior valor agregado. Como passamos por um momento de recuperação da economia, ainda que de forma discreta, esse tíquete médio irá impactar positivamente no caixa do lojista”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Como o consumidor espera um desconto médio real de 41,2%, o dirigente ressalta a importância do lojista realmente praticar a redução do preço final. “Infelizmente sabemos que ainda existem comerciantes que aumentam o preço de um produto dias antes e na Black Friday oferecem o desconto que, na prática, não existe. Isso vai totalmente contra a ética. O cliente de Black Friday está monitorando os preços, ele está ciente se os descontos são reais ou não”, enfatiza Souza e Silva.
Considerando os três itens mais desejados, a pesquisa revela que os eletrodomésticos terão tíquete médio de R$ 1.007,14, vestuário de R$ 261,87 e cosméticos R$ 185,23.
Consumidor vai optar por parcelar as compras no cartão de crédito
Confirmando a pesquisa de intenção de vendas, realizada com os lojistas, o levantamento feito com o consumidor revela que o pagamento parcelado no cartão de crédito será a escolha da maioria (54,9%). Em seguida está o pagamento à vista no cartão de crédito (20,4%), seguido cartão de débito (16,8%). Já os pagamentos à vista (PIX e dinheiro em espécie) devem representar 6,2%. O parcelado no cheque representa 0,9% das respostas, mesmo índice da opção de parcelamento no cartão da própria loja.
Quando questionados se acompanham a variação de preços antes de realizar as compras na Black Friday, 75,2% dos consumidores afirmaram que sempre; 7,1% quase sempre e 9,7% às vezes. Raramente representa 3,5% e nunca, 4,4%.
Local das compras
Os que irão realizar as compras em lojas de rua ou de shoppings são 67,3%. Já as redes sociais devem ser a opção de 20,4% dos consumidores. As compras por sites representam 75,2%. É importante ressaltar que o mesmo consumidor pode realizar compras em dois canais distintos, como loja física e e-commerce.
Crescimento das vendas em novembro
A expectativa da CDL/BH é que as vendas da Black Friday injetem na economia da capital mineira, no mês de novembro, um montante de R$ 2,11 bilhões, totalizando crescimento de 2,46% em relação ao mesmo período do ano anterior. “O crescimento da expectativa de vendas é um reflexo da retomada da economia que, felizmente, já vem ensaiando um aumento ao longo dos últimos meses. Além de fatores como avanço da vacinação, teremos também o pagamento antecipado do 13º salário do funcionalismo público municipal e do pagamento em dia do estadual. Isso significa mais de R$ 1 bilhão injetado na economia”, afirma Souza e Silva.
Pesquisa com lojistas
De acordo com pesquisa da CDL/BH realizada com 298 comerciantes da capital mineira, entre os dias 18 e 25 de outubro, 71,1% dos entrevistados que já aderiram à ação, 68,2% acreditam que a Black Friday deste ano será melhor que a última. Para isso, os lojistas estão investindo em descontos atrativos (69,3%), divulgação dos produtos (58,5%), promoções (47,2%), facilidade de pagamento (25,5%) e redes sociais (8,5%).
A pesquisa revelou ainda que os comerciantes vão utilizar as mídias sociais como ferramenta de divulgação. Dentre todas as mídias disponíveis, o Instagram será usado por 92% dos lojistas. Facebook será a plataforma de 34,9%. Propaganda na televisão representa 6,6%, WhatsApp (3,8%) e distribuição de panfletos (5,7%).