Belo Horizonte ganha o primeiro “Túnel de Desinfecção” para enfrentamento da Covid-19

Na próxima terça-feira, dia 4 de agosto, às 8h, Belo Horizonte ganha o primeiro “Túnel de Desinfecção” para higienização da população no enfrentamento da Covid-19. O equipamento será instalado na Estação BHBUs Pampulha.

A iniciativa é do Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), BHtrans e Prefeitura de Belo Horizonte, que pretendem ampliar a ideia para todas as Estações de Integração.

“Atualmente estamos enfrentando a Covid-19 em um cenário complexo com índices que apontam mais de 2 milhões de casos de pessoas infectadas e mais de 90 mil óbitos até o momento. Infelizmente essa curva está crescendo de forma acelerada e a iniciativa de oferecer mais uma alternativa de higienização vai contribuir para reduzir essa curva de contágio”, explica o presidente do Transfácil, Ralison Guimarães.

Cabine Segura

Cabines de desinfecção muitas vezes utilizam produtos químicos que podem causar danos à saúde porque são destinados à limpeza de superfícies inanimadas e não do corpo conforme já ressaltado pela nota técnica da Anvisa, e não é o caso da cabine que será instalada na Estação Pampulha.

Segundo nota técnica do Senai, o túnel de desinfecção em questão, não utiliza produtos químicos e reduz possível transmissão para outras superfícies do ambiente através da emissão de uma névoa de água ozonizada. Desta forma, para não prejudicar as pessoas ao respirar o ozônio no formato de gás, o equipamento processa a solução do gás na água em um percentual muito abaixo do que poderia ser prejudicial ao ser humano e que é utilizado até mesmo para desinfecção de água, tornando-a potável, e é mencionado pela ANVISA no capitulo 5 de sua portaria de consolidação número 5, de 28 de setembro de 2017.

Embora a Anvisa traga em sua nota número 51 que ainda não tenha encontrado evidências cientificas de que o uso dessas estruturas para desinfecção sejam eficazes no combate ao SARS-CoV-2 (COVID), todos carregamos vírus, bactérias e fungos na superfície do corpo, tais como cabelos e pele, além de objetos expostos, como óculos, malas e bolsas. Este procedimento não exclui a necessidade de continuarmos com as demais boas práticas como utilizar máscara, lavar bem as mãos, utilizar álcool 70% e até mesmo se manter em casa. A transmissão pode se dar de pessoa a pessoa por gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra e por contato com superfícies contaminadas, conclui a nota técnica do Senai.