Kalil não amplia o funcionamento do comércio em BH e ameaça com lockdown se ‘máscara continuar no queixo’

No momento, a situação na capital continuará a mesma. Belo Horizonte segue na segunda fase de abertura.

 

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (19), que não vai dar prosseguimento à reabertura do comércio em Belo Horizonte. Essa é a segunda semana consecutiva que o prefeito decide manter a retomada da economia na capital na Fase 2. “A notícia que todos querem de início é que nós continuaremos como estamos. Não haverá fechamento. Não haverá abertura”, afirmou Kalil.

Porém, ele não descartou ‘lockdown’ (espécie de bloqueio total em que as pessoas devem, de modo geral, ficar em casa), se os números de casos e óbitos na capital por Covid-19 aumentarem. “Se a máscara continuar no queixo, se os churrascos continuarem acontecendo, se os encontros continuarem acontecendo, nós poderemos fechar a cidade de Belo Horizonte”, comenta.

Em menos de quatro semanas, o funcionamento de serviços não essenciais, em 25 de maio, a cidade viu mais que dobrar os registros da doença. Hoje, BH tem 3.789 infectados com 90 mortes. Em 25 de maio eram 1.402 casos e 42 óbitos. A fase atual de flexibilização está sendo mantida pela segunda semana consecutiva. Belo Horizonte viu a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) dar um salto.  O número passou de 40% para 74%. Além disso, a demanda por leitos clínicos para pacientes com coronavírus também aumentou de 34% para 62%.

O índice de transmissão do novo coronavírus está em 1,13, o que significa nível amarelo de atenção. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, devido ao crescimento desde índice a reabertura da próxima fase ficou inviável.”Estes números não permitiram que nós abríssemos mais a cidade. Não recuamos porque ainda temos uma folguinha”, disse.

 

Flexibilização

A flexibilização do isolamento social na capital estava prevista para ocorrer em quatro fases.No dia 18 de março, o prefeito publicou um decreto autorizando apenas o funcionamento de comércios essenciais, como supermercados, farmácias, entre outros. No dia 25 de maio, salões de beleza (exceto clínicas de estética), shoppings populares e comércios varejistas puderam reabrir as portas.Já no dia foi aplicada o inicio da retomada da economia em BH, quando foi dado o retorno de 91,9% dos empregos.

De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado, lojas de artigos esportivos, bebidas, floriculturas, instrumentos musicais, tabacarias e outras passaram a funcionar.