Há quem possa jurar que o sonho de todo mineiro é ver o mar chegando de mansinho e emoldurando as montanhas por aqui… Mas existe também aquela parcela que acredita que o verdadeiro desejo de quem por aqui se abriga é ver essa BH cosmopolita de verdade, pulsando cultura, entretenimento, respirando a multiplicidade que sempre sonhamos (e merecemos). Exemplo disso é o gigantesco número de pessoas que se mobilizam em direção à badalada São Paulo diante de qualquer agito mais inusitado, “fora da caixa”. E foi pensando exatamente nesta turma inquieta que procura uma diversão menos óbvia que nasceu o Festival de Inverno de Belo Horizonte.
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Idealizado pela TLV Promo, uma agência jovem e especializada em transformar ideias em mega eventos e campanhas publicitárias inovadoras, o Festival de Inverno fez sua estreia na agenda da capital mineira ano passado, quando movimentou inúmeras pessoas, em mais de 24 horas de festa. A iniciativa trouxe a pluralidade de diferentes movimentos culturais e mobilizou diversos artistas, deixando um gostinho arrojado à turma por aqui. Como tudo o que é bom merece bis, este ano o Festival de Inverno de Belo Horizonte vai além: serão dois dias de evento, em 11 horas de programação diária com bandas, DJs, músicos, intervenções artísticas, dança, cinema, literatura e o que mais a imaginação deixar, tudo pensado em democratizar a multiplicidade e as novidades culturais.
O tema da edição 2016 será “Sinta o Vento” e, com a missão de remeter às boas energias vindas de todos os lugares, promete marcar o friozinho de inverno em BH. Sua locação será a mesma do ano passado, o Parque das Mangabeiras, que vai fazer as honras e sediar o evento para 12 mil pessoas, facilitando o intercâmbio de artistas locais e grandes nomes do cenário nacional e, melhor, abrindo espaço para esses performers ainda desconhecidos através de um edital de participação no Festival. Por meio da internet, os artistas que têm o que dizer podem se inscrever e pleitear uma participação no evento. Mais democrático impossível!
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Ao todo serão, em média, vinte atrações por dia, com mega convidados que passeiam pelo soul, MPB, rap, instrumental dançante, underground e pop, sempre com a ideia de transformar o Festival de Inverno em um evento cultural fixo da agenda da nossa BH, construindo um movimento de valorização das diversas formas de se comportar. E de onde vem o gene cosmopolita do mais novo movimento da cidade? “Uai”, herança de dois outros grandes movimentos mundiais, os badalados Lollapalooza e Coachella, que ganharam o mundo democratizando a cena alternativa e performances culturais. O Festival de Inverno de Belo Horizonte promete ser tão arrojado quanto suas inspirações, mas com o sotaque mineirês que não pode faltar. Com atrações para crianças, jovens e adultos através de intervenções artísticas, exposições de arte, oficinas literárias, vila gastronômica, livegrafitti, espaço kids e cine open air – com mostra de curtas genuinamente mineiros e produzidos por aqui, claro –, o Festival ainda vai ofertar preços populares.
Vale a dar uma conferida no line-up do Festival, na certeza de que muita coisa bacana ainda está por vir.
16 de Julho
Maria Rita
Herdeira de ninguém menos que Elis Regina, Maria Rita já ganhou onze prêmios Grammy Latino, incluindo de Melhor Artista Revelação (única brasileira na história a conseguir vencer essa categoria), vendendo milhões de CDs e DVDs, no Brasil e no mundo, sendo considerada uma das maiores vozes e intérpretes de sentimento da atualidade.
Tiago Iorc
O artista consegue dialogar com um grande público justamente pela alta qualidade de seu trabalho. Dono de bela voz e grande inquietude criativa, o brasiliense criado no exterior vê seu público crescer a cada turnê.
Chico Chico e Júlia Vargas
O jovem cantor e compositor carioca Chico Chico é filho de Cássia Eller e integrou bandas como Zarapatéu e Uzoto. Júlia Vargas é cantora, bailarina e percussionista, em intensa atividade nas cenas musicais do Rio de Janeiro, inclusive, sendo apadrinhada por Milton Nascimento.
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Curumin
Como baterista, Curumin acompanhou grandes nomes da MPB, como Paula Lima, Arnaldo Antunes, Vanessa da Matta e CéU. O segundo CD solo do artista, além do Brasil, já foi lançado nos EUA e no Japão.
Dj Aline Prado
Com um set que passa pelas vertendes do indie, deephouse e house, Aline vem agitando casas de São Paulo, Rio de Janeiro e BH há 4 anos. Além de tocar em festas muito conhecidas dos belorizontinos como Push!, Baile do Mercado e PimpMyHouse, a Dj é residente da IndieParty BH e do CosmopolitanRooftop. Seu diferencial? Aline sente a pista e faz todo mundo cantar junto.
DjYuga
Em mais de 10 anos de atuação como DJ e agitador cultural, Yuga tem apresentado em diversos cantos do Brasil seu repertório sacolejante, que mescla blackmusic com groovesbrazucas, ritmos regionais, samba a gosto e uma pitada de música latina.
17 de Julho
Vanessa da Mata
Cantora, compositora e escritora brasileira, Vanessa da Mata é, sem dúvida, um dos maiores nomes da nova música popular brasileira. A carreira de Vanessa é eclética e permeia todos os lados da arte, sendo consagrada por sucessos nas rádios, prêmios, músicas em diversas novelas, livros lançados internacionalmente e pelo inesquecível tributo a Tom Jobim.
BaianaSystem
Inovação em cima da tradicional guitarra baiana, que busca ressignificar a música urbana produzida na Bahia. Letras politizadas e raízes musicais misturadas ao rap, rock e música jamaicana tornaram o grupo um verdadeiro fenômeno.
Bixiga 70
“Mistureba” cool de sonoridades e influências, o Bixiga 70 possui canções construídas sobre a cultura instrumental africana, latina e do oriente, viagens psicodélicas, sons dos terreiros, dinâmicas jazzísticas e ritmos brasileiros.
DjTamenpi
Um dos grandes nomes na cena groove e hip-hop no Brasil, com apresentações nas principais casas noturnas do país. O Dj ainda tem no currículo turnês internacionais pelos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.
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Dj Deivid
Famoso pelas suas aparições na cena alternativa de Belo Horizonte, Deivid é um artista que impõe pela sua experiência e versatilidade, da brasilidade ao hip hop americano.
Gustavo Maguá
As múltiplas referências musicais são parte da história do cantor e compositor mineiro, que aposta em um samba contemporâneo, com influências de pop, MPB e até do rock. O resultado da mistura é um som altamente dançante e animado.
Rico Dalasam
Desafia a noção de normalidade na música e nas questões de gênero, inaugurando a cena queer rap do Brasil, ou seja, sendo o primeiro rap assumidamente gay do país. Seu ponto de partida é o rap, mas com claras influências do hip hop e do blues norte americano.
16 e 17/7
DjZeu
“DjZeu não toca, DjZeu dá show!”. Com sets bem humorados e irreverentes, DjZeu não deixa seu público ficar parado enquanto ele estiver tocando.
DjJahnu
Jahnu partiu pela busca dos grooves jamaicanos e vertentes black há quase duas décadas. Pesquisador nato possui um knowhow que vai do hip hop, dancehall, dub até o dubstep.
Diversos artistas locais selecionados por Edital
Além de artistas aclamados no cenário nacional, o Festival de Inverno de Belo Horizonte abriu um edital para selecionar bandas e artistas de Minas Gerais. O processo, com resultado previsto para 17 de junho de 2016, irá selecionar mais 12 artistas, dentre eles, bandas, djs, grupos de dança, artistas de circo e performances. Acesse o site do Festival para mais informações: www.festivaldeinvernobh.com.br